quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

E um feliz no novo!

Quem não tem fim de ano assim não tem história

Como eu estou sem ideias pra escrever um post de fim de ano, resolvi postar novamente esse de 2008.

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Fim de ano chegando e com ele coisas impagáveis...

...listas de presentes de amigo secreto, incluindo presentes como pijama da Puket, com bichinhos fofos.

... listas dos 10 mais.

... flas pra escolher, filas pra comprar, filas pra pagar, filas pra estacionar, filas.

... fraternidade entre pessoas que mal se olham no dia-a-dia.

... todo mundo se ama, todo mundo é de todo mundo e todo mundo se quer bem!

... festas de despedida dos que se vão.

... festas de fim de ano.

... Chester (Alguém já viu a foto de um chester vivo? Ele só nasce na época do natal?), champanhe, farofa, maionese, papai noel, duendes, fadas, roupa branca, show da virada com Faustão e Ivete Sangalo.

... o espírito de Natal invadindo todos os programas de TV, do Brothers, de Supla e João, ao Gugu.

... especiais de Natal da Xuxa, da Hebe, do Luciano Huck, da Angélica, da Luciana Gimenez, do Ronnie Von, e claro, do rei..

Com vocês, RC e MC Leozinho!






Uma poesia "realmente" bonita... hahahaha

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mais uma Maria…

Quando se fala em Modernismo no Brasil, pensamos em: Semana de 22, Tarsila, Anita, Monteiro Lobato, Oswald de Andrade…

E Maria Martins? Alguém já ouviu falar? Não, ela não foi mais uma dona Maria dessas que ficavam bordando e que ficaram chocadas com o Modernismo brasileiro, muito pelo contrário…

Maria de Lourdes Faria Alves Martins, Maria Martins foi uma artista à frente de sua época.

Nascida em 1894 em Minas Gerais, a escultora começou a produzir num período um pouco posterior ao de Tarsila, mas nunca obteve muito reconhecimento no Brasil – tendo feito oito individuais nos Estados Unidos e uma em Paris, contra apenas três no Brasil.

Em seu trabalho, de tendência surrealista, a artista olha para o Brasil com uma visão de fora – um olhar parecido com o dos poetas românticos brasileiros, talvez -, recorrendo muito ao universo mítico do país. Assim, o Brasil que busca retratar é um país mais exótico, para estrangeiros, uma espécie de idealização, apresentada por peças de forma orgânica livres.



(Não te Esqueças Nunca que Eu Venho dos Trópicos (1942), em bronze)


Maria Martins, por meio de esculturas informes em bronze, madeira e outros materiais, recupera os mitos da Amazônia e esses mitos, de certa forma, simbolizam o Brasil. Afinal, que imagem pré-construída dá ideia de totalidade? O mito, que nada mais é do que uma tentativa de explicação do mundo.


(Cobra Grande (1942), em bronze)


A artista faleceu em 1973 no Rio de Janeiro.


(A Soma de Nossos Dias (1954 - 1955), em sermolite e estanho)


“O mundo é complicado e triste, é quase impossível que as pessoas se compreendam”. (Maria Martins)

* Fofoca artística: Maria Martins manteve por algum tempo um romance às escondidas com Marcel Duchamp.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O homem que diz “dou” não dá!

O linguista Jacques Moeschler define três domínios de fatos linguísticos – condições que orientam a prática linguística -, os fatos de enunciação, de inferência e instrução. Dentro dos de enunciação, há algo muito interessante que diz respeito aos enunciados performativos (mas que talvez seja apenas mais uma divagação do gnomo psicodélico que mora dentro do meu cérebro).

Sabe quando você diz: “Eu juro que não fiz isso”, “Eu prometo que vou te ligar”?! Isso é um enunciado performativo, pois realiza a ação que nomeia. Atenção que o que acontece, na realidade, é a “realização da ação que nomeia”, não tem nada a ver com o que vem em seguida, o objeto da ação.

Na prática, quando dizemos “Eu juro”, estamos jurando sim, mas isso não implica que o que eu estou jurando seja verdadeiro. O mesmo ocorre com “Eu prometo”; a promessa é feita, mas o objeto da ação não se realiza.

Mas o engraçado é que esses atos não se realizam se não forem enunciados, não se realizam pragmaticamente. Explico: quando eu me levanto de manhã, não preciso enunciar algo do tipo “Eu levanto cedo” para que o ato se realize, ele está lá, realizado na ação, na performance. Nos enuciados performativos, não há exatamente uma performance, há a simples enunciação e nada além disso. Há alguma outra forma de jurar que não seja falando “Eu juro”?

Depois de tudo isso, só posso dizer que sábio mesmo foam Baden e Vinicius ao escreverem “Canto de Ossanha” e dizerem que “O homem que diz ‘dou’ não dá”, entre outras… A música é uma aula do que realmente são enunciados performativos!


Some ou some?



você disse some
e eu somei

eu disse some
e você sumiu
(Marcos Caiado)

E o carnaval tá chegando...

Pois é, o Natal tá aí e depois já vem o Carnaval. Pra quem gosta de axé já ir se preparando pro Carnaval...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quem arde de amor tem sede de beleza?

Aprendi com alguém que estética é uma relação que estabelecemos com o mundo por meio da qual adquirimos conhecimentos pelos sentidos. Assim, ao me relacionar com o mundo sensível, descubro do que são feitas as coisas – e pessoas – e do que eu sou feita (pelo prazer ou pela dor, pelo bem ou pelo mal, pelo feio ou pelo belo…). Mas será que isso quer dizer que, como dizem, beleza é fundamental?

Como isso pode ser apenas uma filosofia de botequim e é sempre legal ter bons parceiros à mesa do bar para conversar, recorro ao bom e velho Platão, porque com ele sempre rola um banquete no final…

Platão foi um nobre ateniense seguidor de Sócrates. Sócrates – só pra contextualizar -, um pedreiro (isso mesmo!) que começou a falar em público, questionando, principalmente, o preconceito e talvez seja dessa experiência nada erudita que tenha nascido a filosofia clássica ocidental.

Mas é melhor voltar a Platão pra não perder o foco! Na realidade, ao redor de sua casa de campo, havia um jardim que muitos acreditavam ter sido de um herói da guerra de Troia chamado Academos. Como as pessoas costumavam frequentar esse lugar para “malhar”, ele passou a se chamar “academia” Ali, Platão e outros que costumavam ir pra lá, pois acreditavam que o cuidado com o corpo era indissociável do cuidado com a alma (já disse Spinoza, “A alma é a ideia do corpo”), fundam a Escola de Filosofia Socrática.

A principal herança deixada por Platão, que também era um excelente escritor, é, sem dúvida, seus diálogos, textos que implicam a troca de ideias e são de fácil compreensão, atingindo a todas as pessoas. Neles, questionava não só seus preconceitos, como os preconceitos das outras pessoas.

Acontece que esses diálogos não chegavam à conclusão alguma, apenas questionavam apresentando diversos pontos de vista (é o velho “só sei que nada sei”, apesar de eu achar que, às vezes, saber apenas isso já é saber mais do que o suficiente), e, por isso, chego ao Banquete.

O “Banquete” trata de uma festa em que se fala sobre o belo e trocam-se experiências sobre o amor. Assim, tentando definir o que é o amor, utiliza diversos mitos para tematizá-lo, elevando o amor pela beleza.

Bom, tudo isso pra dizer que o que ficou na minha cabeça de Platão e do Banquete quando li foi uma pergunta: “Quem arde de amor tem sede de beleza?”

Fiquei pensando nisso e outras perguntas apareceram: O que é beleza? Será possível defini-la de forma objetiva? E o amor? Será apenas um sentimento que surge entre as pessoas independente de qualquer outra coisa, inclusive da beleza?

Muito já foi dito sobre o amor: que ele é a procura de algo que nos complete, é “a maior felicidade do mundo”, ou ainda, de forma poética, “amor é bicho instruído”, “é como se as nuvens do horizonte estivessem sob meus pés”, entre outras definições. Pois é, o amor é isto mesmo, um sentimento que surge entre “uma coisa que ama” e uma “coisa amada” – que pode ser um objeto, uma ação, uma pessoa -, um desejo por algo que não se tem, mas se deseja ter para que se alcance a completude.

Mas, e a beleza onde fica? A beleza, por sua vez, poderia ser definida como algo que agrada a todos (ou não), algo bom de se ver e sentir. Ao amar, de certa forma, nosso lado racional dá lugar ao emocional e, assim, nosso conceito de beleza se torna diferente – ao invés de julgarmos como belo ou feio, simplesmente fazemos com que o feio deixe de existir, enxergando apenas o que é belo – o feio continua existindo, porém não emitimos qualquer juízo de valor acerca dele e, aos olhos de quem ama, passa a existir apenas o belo, independente da existência real da beleza. Assim, o amante não tem sede de beleza, pois a beleza é algo que ele já possui de forma completa, já encontrou ao encontrar o amor.

Por outro lado, já dizia o poeta Vinicius de Moraes, em “Receita de mulher”: "As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental". A atração pelo que é belo (aos nossos olhos) é o que primeiro nos impulsiona em direção ao outro, ainda que o fato de a coisa amada te completar, ou não, seja definido posteriormente. O ser humano, na busca por sua completude, sua “cara-metade”, busca, na verdade, algo em que se reconheça, se assemelhe, mesmo que essa semelhança não esteja no físico. Repare como alguém sempre diz: “OK, ele não é bonito, mas é tão inteligente, tão bonzinho,…” – isso mostra que o belo não é aquilo que agrada a todo, mas é um momento em que uma pessoa sente prazer, mas um prazer particular, que reside no outro.

A busca pela beleza é a busca por algo que preencha um vazio, deixado por algo que não se tem, um vazio que só poderá ser preenchido por algo possuído pelo outro. Por isso, quem arde de amor tem sede de beleza sim, pois tem sede de algo que o complete, ainda que a beleza, o que irá tornar o indivíduo completo, sejam palavras, atos, sentimentos…

Será que o que move o amor é a eterna busca pela completude mesmo? Não há como afirmar com total certeza, mas pode-se dizer que essa busca pela completude é o que dá “sabor” ao amor, porque faz com que sempre estejamos buscando algo novo no outro. E sim, esta busca está intimamente ligada à sede de beleza (ainda que seja difícil afirmar isso), pois uma vez que sempre queremos que o outro seja realmente a “tampa da minha panela”, essa minha “tampa” se torna essencialmente bela, ainda que a beleza esteja nos olhos de quem vê, nos meus olhos.

Na subida do morro é diferente...



...porque tem muita gente inocente por ali também e um filme é só um filme.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Atenção, senhores passageiros... Fudeu, mas mantenham a calma...

Eu nunca tive medo de avião, como o Belchior, sempre viajei tranquilamente e só sentia aquele friozinho na barriga natural na hora de decolar ou de pousar. Cheguei até a cogitar a possibilidade de seguir a carreira de comissária de bordo.

Fato é que, apesar de não ter medo de avião, já passei por uma situação que poderia facilmente ter me dado certo pânico. E convenhamos: qualquer situação um pouco "diferente" dentro de um avião planando no céu, com sei lá quantas toneladas e mais de 100 pessoas dentro, pode criar pânico, terror e muita agonia.

Bom, há algum tempo, voltávamos minha mãe, vó, tia e eu de uma viagem de férias na Disney. Tudo muito tranquilo, voo sossegado, filme "O casamento do meu melhor amigo" durante a viagem, nada anormal durante o voo. E foi justamente quando pousamos que se criou certo desespero dentro da aeronave. Uma fumaça parecia sair da turbina, comissárias corriam de um lado para outro com cara de "Fudeu!" e a ordem era "Permaneçam sentados e com os cintos de segurança."

O cheiro de fumaça começou a se alastrar por dentro do avião e as pessoas, que até então estavam sentadas, começaram a se levantar desesperadas, afinal ninguém queria morrer de acidente de avião em terra firme (seria como morrer de parto, depois de fazer tratamento para engravidar durante um ano!).

As aeromoças (que pareciam tão desesperadas quanto os passageiros) não se importavam em dar informação alguma, as portas não eram abertas, enfim estávamos presos, achando que o avião explodiria a qualquer momento e em solo firme!

Estávamos sentadas num banco para quatro pessoas: na janela, uma moça desconhecida que vinha renovar seu visto de estudante; eu, minha mãe e minha vó na ponta, no corredor.

Enquanto todos começavam a se liberar e ir para a porta (que permanecia trancada), numa confusão danada, minha vó não se abalava; permanecia sentada, com olhar tranquilo, como se achasse tudo normal. A moça ao nosso lado, muito pelo contrário, começou a jogar sua bolsa por cima de nossas cabeças e só faltou subir nos bancos para poder sair de lá.

O desfecho da história foi meio que... digamos, sem desfecho. Em um determinado momento, as portas foram abertas. As aeromoças colocaram-se a postos e, com o costumeiro sorriso estampado no rosto e um simpático "Até breve.", despediam-se dos passageiros, que não correspondiam ao sorriso e só pensavam em sair de dentro daquele negócio o mais rápido possível, a não ser minh avó que, toda simpática, despedia-se da tripulação como se tivesse tido uma epifania naqueles quinze minutos anteriores (que pareceram 15 horas!).


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Meu lamento

A cantora Cláudia Barroso iniciou sua carreira na Jovem Guarda, na década de 1960, e ficou conhecida também por seu romance com Waldick Soriano e por ter sido jurada do Show de Calouros do Silvio Santos.

Legítima cantora de música brega, do tipo que tocava no Cassino do Chacrinha, suas músicas tinham aquele tecladinho brega e falavam de amor, obviamente.

Escrevo sobre ela porque encontrei um de seus sucessos, "Meu lamento", interpretado pela supercompetente Bárbara Eugênia.

A carioca radicada em São Paulo Bárbara Eugênia, além de participar de vários projetos, como o DVD ao vivo "Amigos Invisíveis", de Edgard Scandurra, e o 3naMassa, lançou esse ano o álbum "Jounal de Bad", com músicas que falam de amor, decepções amorosas, tudo parecendo bem autobiográfico.

Em seu disco, em parceiras com Tom Zé, Otto, Junio Barreto, Karina Buhr, entre outros artistas, além de uma banda de primeira, que inclui integrantes do Cidadão Instigado, da banda de Otto, de Júpiter Maçã, entre outras, Bárbara faz um rock que lembra o ritmo nos anos 1950 e 1970, e, talvez por isso, sua versão para "Meu lamento" tenha ficado tão boa.




Para ouvir o "Journal de Bad": http://soundcloud.com/barbara-eugenia

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Conexão PE

"As falas que estou cantando agora, são desenhos que guardei, que tracei com tintas coloridas, que pintei pra você."




Quem ouve músicas como Meu Coração de Arnaldo Antunes, muitas vezes não faz nem ideia de que um de seus autores é o pernambucano Ortinho.

Ouvi Ortinho pela primeira vez num show da Nação Zumbi, em comemoração aos 15 anos de "Da Lama ao Caos", parte do Conexão PE, em setembro de 2009, e, desde então, não consegui mais parar de ouvir.

Wharton Coelho, que já fez parte da banda Querosene Jacaré (mais uma que vale a pena ouvir!), tem dois álbuns gravados, "Somos" e "Ilha do Destino", e acaba de lançar em São Paulo o sensacional "Herói Trancado", que conta com a participação de Jorge du Peixe, além de artistas como Vitor Araújo.

Sua música tem um registro único, misturando maracatu, rock, repente, ciranda, entre outros ritmos, criando músicas que mostram forte influência de Lia de Itamaracá (ouçam!!!), Tom Zé (nem precisa comentar), Júnio Barreto (ouçam!!!), entre outros artistas nordestinos.

Autor da música Sangue de Bairro, junto com Chico Science, criador da trilha do filme "Baile Perfumado", Ortinho infelizmente ainda permanece um pouco desconhecido do público aqui de São Paulo, mesmo fazendo shows pelo menos uma vez por ano por aqui.

Num clima meio iê-iê-iê, Ortinho faz rock clássico, com guitarra, baixo e bateria (e muito da loucura de Ortinho), mas ao mesmo tempo suave, com metais, teclados, sem barulhos, com letras bem escritas e, às vezes, com um suíngue meio brega. Enfim, produzido por Yuri Queiroga (sobrinho de Lula Queiroga), "Herói Trancado" traz canções tão boas quanto Avenida Norte e Cirandagem, porém com um toque a mais.



"Saudades do Mundo", com Jorge du Peixe e Ortinho, do álbum "Herói Trancado"

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A volta ao mundo em 1 hora de almoço

Almoçar sozinha em praça de alimentação faz com que você inevitavelmente preste atenção no que os outros estão comendo (eu já faço isso acompanhada, sozinha então...).

Foi assim que, olhando pra mesa ao lado, percebi o verdadeiro prato "Volta ao mundo".

Dentro do prato raso da mocinha, encontravam-se dispostos cuidadosamente: 3 sushis, macarrão, feijão, esfiha e salada. Ao lado, um potinho de sobremesa com torta holandesa.

Aí eu pergunto: que restaurante vende essa miscelânea de coisas todas juntas?! Isso é um atentado à cuinária típica dos países!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Morada Boa

Até pouco tempo, eu tinha um blog chamado Morada Boa, mas como ninguém lia, resolvi repostar laguns textos de lá aqui e deixá-lo suspenso por algum tempo.

Este foi o primeiro post do Morada Boa, na verdade, uma justificativa ao nome do blog, que foi retirado do título de uma das canções do 3naMassa. Aqui, transformo-o em um post sobre música, sem justificativas, ok?!

Pra quem não conhece, 3naMassa é mais uma das bandas (ou dos projetos) surgidas no Recife, que ultimamente, ao menos pra mim, tem se revelado celeiro de coisas maravilhosas, especialmente no quesito música.

A ideia do 3naMassa é criar música em que as mulheres falam sobre suas experiências amorosas, porém os autores das canções são três homens, que, além de assinarem as composições, ainda compõem a banda: Rica Amabis (do Instituto), Pupillo e Dengue (ambos da Nação Zumbi), entre outros. Nos vocais, se revezam cantoras e atrizes-cantoras, como Thalma de Freitas, Pitty, Leandra Leal, Marina de La Riva, Céu, Karine Carvalho, entre outras.

Bom, dizem que a banda está preparando um novo álbum, mas, com tantos projetos paralelos, como o Almaz (maravilhoso, com Seu Jorge), tô achando que não vai rolar tão cedo.

Então, por enquanto, Morada Boa...

sábado, 13 de novembro de 2010

Pode ou não pode?



Não pode beber, não pode fumar, não pode destruir a natureza, não pode andar em alta velocidade... Não pode nada?! Mas se não pode nada, vai sobrar o que pra fazer?

P.S.: O que é esse barulho de elefante ao fundo?!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mais uma propaganda da Pepsi...



É o que eu digo sempre: Pepsi, faça propagandas assim no Brasil e eu, a maior consumidora de Coca do planeta, troco a Coca pela Pepsi.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Como?!

A pessoa nasceu e mora nos Jardins, vai a um bar da Vila Madalena, onde uma cerveja custa R$7,80. Paga R$10,00 de couvert artístico para o grupo de samba. Ouve e canta junto: "Favela, ô... Favela que me viu nascer. Eu abro meu peito e canto meu amor por você... Só quem te conhece por dentro pode te entender..."

Ops, favela que me viu nascer?! Eu abro meu peito e uma garrafa de cereja que custa R$7,80 e canto o amor por você?! Como assim, tem alguma coisa que não encaixa, né?!

And if I could begin it all over again?





And if I could begin it all over again, knowing what I know now, the result would be the same. And if I could begin again a third time, knowing what I would know then, the result would be the same. And if I could begin it all over again a hundred ties, knowing each time a little more than the time befre, the result would always be the same. and the hundreth life as the first, and the hundred lives as one.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

E viva o Saci! (mais uma vez, repetindo o discurso!)

Pra não perder o costume...

Todo ano, desde 2008, na época do Dia das Bruxas, eu posto esse texto porque não me conformo com a comemoração dessa data aqui no Brasil!

Esse ano não vai ser diferente.

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Na semana em que os americanos comemoram o Dia das bruxas, vi muita gente furando abóboras pra colocar velas dentro, crianças indo fantasiadas de monstrinhos para a escola falando ‘Travessura ou gostosura?’, uma tradução tosca do Trick or treat? e fazendo outras bizarrices do tipo. Aí eu me pergunto: por que a gente comemora o Halloween e esquece do Dia do folclore? Ou por que não comemoramos o Dia dos mortos como os mexicanos fazem, já que tem festinhas com docinhos de açúcar em forma de caveira? Travessura por travessura, prefiro as travessuras do Saci. Gostosura por gostosura, mesmo não sendo católica (nem do candomblé), fico com a Festa de São Cosme e Damião.

Comemorado em 22 de agosto, o dia do Folclore celebra os mitos e lendas populares, assim como o Halloween. Ou vai dizer que bruxas, fantasmas, zumbis, maldições de gato preto e outras coisas do tipo não são lendas populares?

Por que pedir doce no Halloween se no dia 27 de setembro, dia da festa de São Cosme e Damião, as crianças (e adultos) não precisam nem pedir pra ganhar? No Candomblé, a lenda de Cosme e Damião diz que eram gêmeos que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido se lhes fossem dadas algumas ‘gostosuras’, por isso, se você for a qualquer terreiro, igreja ou grupo de cultura afro-brasileira encontrará uma mesa repleta de suspiros, pés-de-moleque e outras coisas gostosas para serem comidas à vontade, independente de sua religião e raça.

Em época de crise, furar abóbora pra colocar vela dentro é desperdício, não?! Além de deixar sua casa cheirando a abóbora queimada (o que não é nada agradável, acreditem já tive o prazer de sentir esse cheiro numa escola de inglês para crianças!), no final, a abóbora está cheia de parafina e você pensando que poderia ter feito algum prato muito gostoso com ela.

Até agora, nada a favor do Halloween…

Se no que diz respeito a doces, prefiro as travessuras de São Cosme e Damião, no que diz respeito a furar abóbora, prefiro cozinhá-la, no que se refere a lendas e mitos, com certeza acho que as nossas são as melhores. Não são simplesmente mortos-vivos, maldições sem sentido culpando animais inocentes; são histórias completas, dignas da mitologia grega, tão cheias de fantasia e realidade que conseguem fazer com que minha vó de 85 anos não saia de casa nem para ver a lua, coisa rara em São Paulo, quando estamos no sítio.

Alguém conhece a Curupira? Não?! Que pena, em tempos de problemas com o contrabando de madeira, ela é muito útil, pois a habitante das matas é a responsável também por protegê-las; isso inclui a proteção aos animais das matas. Não é à-toa que tem os cabelos avermelhados e os pés voltados para trás, tudo isso é tática para assustar caçadores e lenhadores.

E a mula-sem-cabeça? Mais uma que além de ser uma personagem, possui uma história, moralizante inclusive. Padre não pode casar, certo? É pecado, certo? Padre também não pode pecar, certo? Quem paga o pato? A noiva, que toda quinta-feira se transforma em mula-sem-cabeça e sai pelo campo assustando todo mundo e soltando fogo pelo pescoço.

Mas, sem dúvida, o melhor de todos os personagens do folclore brasileiro é o saci pererê. Ele não é simplesmente um lençol branco com dois buracos que olha pra você e diz ‘Buuhhh!!’; não, ele tem todo um estilo.

O menino de uma perna só (a outra foi perdida jogando capoeira) usa gorro vermelho e fuma cachimbo, carregando em si valores típicos da cultura africana (é interessante como algumas coisas dessa cultura são preservadas por nós brasileiros e já foram esquecidas pelos próprios africanos).

O melhor mesmo é que o saci é muito o estereótipo (repito, o estereótipo) do brasileiro: divertido, brincalhão, gosta de aprontar travessuras e, mais interessante, não quer prejudicar ninguém com suas brincadeiras, diferente das bruxas, monstrinhos, fantasmas.

Tem mais um monte de lenda legal, mas aí, cada um procura a sua.

Todo esse discurso é pra dizer o mais importante: pra quem não sabe, amanhã, dia 31 de outubro não é Halloween, é o Dia do Saci!! Sim, isso mesmo!

Ao invés de se fantasiar de Morticia Addams, corra atrás de capturar seus sacis neste dia. Como? É simples, você não precisa colocar lençol branco na cabeça, nem se vestir todo de preto, com dentadura de vampiro de plástico, e sair incomodando as pessoas que já encontram muita gente pedindo coisas pelas ruas! Quando vir um moinho de vento no chão, jogue uma peneira sobre ele, pois ali estará o saci. Com cuidado, levante a peneira, tire o gorrinho da cabeça dele e coloque-o numa garrafa!

Desculpem os mais sensíveis, mas... Halloween é o caralho, e viva o saci!!

P.S.: Quem quiser pode se associar à Sociedade dos Observadores de Saci (SOSACI): http://www.sosaci.org




Sa-sa-sa-sa-sa-saci...

It's only ugly because it's new and you don't like it.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Conversas da mesa ao lado

Uma família. A avó, o filho, a filha e a neta acabando de almoçar quando a garçonete se aproxima querendo ser gentil com a velhinha:

Garçonete: - Vocês vão querer sobremesa? A senhora aceita: temos sorvete de tapioca, creme de cupuaçu, goiabada frita...?
Velhinha: - Ah, não, não quero, eu tenho Chocotone na minha casa!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Na banca de jornal

Potira: - Oi. Tem aquela revista que tem o Wagner Montes na capa? Esqueci qual é...
Moço da banca: - Wagner Montes?! Ih, não sei que revista é essa não...
Potira: - Bom, deixa eu dar uma olhada então nas revistas...

(...)

Potira: - Achei, moço... É essa, Rolling Stone.
Moço: - Então, esse é o Wagner Moura, não é o Wagner Montes, né?!
Potira: - E não foi isso que eu falei?!
Moço: - rs... Não...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Inspiração

Porque propaganda, mesmo quando copiada (inspiração?), tem que ser bonita...

Brastemp...



...inspirada na Samsung.

MP(I)B - Música Popular (Instrumental) Brasileira

Nunca prestei muita atenção em música instrumental. Tirando o jazz, o máximo que ouvia de instrumental era Moacir Santos, Raul de Souza e Zimbo Trio. Porém depois de ouvir Menahan Street Band e Tortoise, comecei a bem mais prestar atenção também ao que anda sendo produzido de música instrumental no Brasil agora. E pasma, descobri que há muita banda nova (de gente nova, jovem!) fazendo música instrumental da boa...

Tipo?

Tipo isso...

1. Hurtmold: Formada em 1998, a banda de São Paulo parece (e muito!) com Tortoise - o que é muito bom e não tira seu mérito, óbvio! Percussão, teclado, guitarra, baixo, trompete criam um som orgânico, que serviu de base para o álbum solo de Marcelo Camelo.



2. Trio Esmeril: Formado há pouco tempo e reunindo o baterista da Hurtmold Maurício Takara, o guitarrista e produtor cearense Junior Boca e o trompetista Gui Mendonça (Guizado), o Trio Esmeril apresenta releituras dos afro-sambas de Baden e Vinicius numa pegada mais jazz.



3. A Banda de Joseph Tourton: Banda de Recife, a Joseph Tourton parece ter saído dos anos 1970, numa mistura de King Crimson, com certo swing e certa inquietação. Segundo jornalistas locais, fazem parte da geração pós-manguebeat.



4. Rivotril: Conheci a Rivotril numa apresentação de Vitor Araújo no Centro Cultural Rio Verde (recomendo muito conhecer o CCRV!), na verdade uma prévia do show que fariam juntos no Auditório do Ibirapuera no dia seguinte, e me encantei logo de cara! Formado por Júnior Crato (flauta, sax), Rafael Duarte (contrabaixo) e Lucas dos Prazeres (feríssima na percussão), vindos também do Recife, o grupo vai do popular ao erudito, tudo com muito tempero regional.



5. Guizado: Gui Mendonça, o Guizado - participante e parceiro de várias bandas, em companhia do seu trompete parece transpor para a música imagens da paisagem urbana de SP. A primeira vez que ouvi foi no show da Nação Zumbi, em comemoração aos 15 anos de "Da Lama ao Caos" e achei meio psicodélico demais. Cheguei em casa, baixei e quando vi, gostei muito mesmo. Junto com o som do trompete, o músico alia diversos sons eletrônicos produzidos por ele mesmo, dando um ar futurista e inclassificável à música.



6. Vitor Araujo: o pianista recifense que sobe no piano de All Star e é criticado por muitos músicos eruditos. Falem o que falar, o menino toca muito, de Villa-Lobos à Radiohead, e não é chamado de "revelação" à toa.



7. Macaco Bong: o trio cuiabano toca um rock instrumental, fundindo os arranjos da música popular com o jazz. Sensacional!



8. Buguinha Dub: Mais um que conheci no show comemorativo da Nação, o produtor Buguinha Dub reúne em sua Vitrola Adubada a música brasileira e a jamaicana, representada pelo reggae e pelo dub. Unindo diversos equipamentos como gravador multitrack, reverbes de molas, e um notebook, consegue produzir sons bem ousados, mas muito, muito bons.




* Mais sobre Rivotril e Vitor Araújo em post do abandonado Morada Boa.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Coisas que acontecem no puro silêncio numa noite de luar



"Sim, porque segundo me ensinou minha filha, que entende de ambos os assuntos, os computadores [e o amor] (...) têm uma lógica que lhes é própria e que devemos respeitar." (Fernando Sabino, "No fim dá certo")

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

10 motivos pra John Lennon continuar morto

Em homenagem aos 70 anos do beatle...

1.

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7.

8.

9.

10. E a melhor...

Dia das crianças

Quando eu era pequena, o Dia das Crianças, junto com o Natal e o meu aniversário, era uma das datas mais esperadas do ano. Isso por um simples motivo: os presentes que, como filha única, eram muitos.

Na época, meus interesses eram Barbies, acessórios de Barbie, roupinhas de Barbie, casa da Barbie, móveis para casa da Barbie, carro da Barbie... Isso só variava quando aparecia alguma coisa tecnológica muito moderna pra época, tipo o Master System ou o Game Gear.

Apesar de serem muito avançados pra época, o Master System e o Game Gear ficam no chinelo quando o assunto é "brinquedos" hoje em dia. Nada de Barbies simples que vem no máximo com um líquido rosa pra pintar os cabelos, muito menos carros de Barbie que precisam ser empurrados pra andar... Hoje, a coisa está bem diferente!

1. Barbie Video Girl - O que dizer dessa boneca? Ela vem com câmera de vídeo embutida e cabo USB para que a criança possa fazer seus próprios vídeos usando a Barbie (tsc tsc) e ainda baixar em seu notebook. Porque não basta só trocar as roupinhas da Barbie, agora você tem que usar a boneca pra filmar. É a geração dos multifuncionais.

2. Nevada Pick-Up 6v - Lembro bem do meu tico-tico e da minha primeira bicicleta, quando ainda era necessário pedalar com certo esforço para chegar a algum lugar. E o sofrimento até aprender a andar de bicicleta sem rodinha: primeiro, tirava-se uma e, algum tempo depois, com a ajuda de um adulto, finalmente conseguíamos andar livres. Ao contrário dessa pick up, que tem 2 marchas, acelerador, freio, o máximo do veículo motorizado que chegávamos naquela época era por meio do walk machine, uma espécie de patinete motorizado.

3. iCarly Random Dance Pod - Esse colocaria o Meu Primeiro Gradiente. Enquanto no aparelho da Gradiente, você gravava sua voz em uma fita usando um microfone com fio, agora, com o iCarly Pod, você não só ouve as músicas, como pode controlar a velocidade da música, fazê-la parar ou continuar, simplesmente pelo movimento do seu próprio corpo.

4. Cozinha prática com água - Porque em tempos de "ecologicamente correto" usar água pra ficar lavando pratinho de brinquedo sujo de comidinha de barro e planta não tem problema, né?!

5. Giz gigante para calçada - Pixador vai preso por pintar na rua. Grafiteiro vai preso por pintar na rua. E criança pintando calçada?! Como dizia a antiga propaganda, "Vandalismo é crime e dá cadeia." E a lei Cidade Limpa do Kassab, como faz agora?!

6. Boneca Baby Alive Surpresa - A boneca é praticamente um bebê de verdade e, como crianças não costumam cuidar bem nem de si mesmas, vai acabar sobrando para os pais cuidarem. Ela come comidinhas de verdade - que são vendidas separadamente nos sabores banana, pera, ervilha e feijão -, suja a fralda e ainda vai te encher o saco falando 20 frases. Bom, se você gosta muito de conversar, há uma versão com 50 frases, mas essa não suja a fralda, não tme graça.

7. Xcraft – Carro Anfíbio - Enquanto o carro da Barbie andava só na base do empurrão, esse além de ser com controle remoto, é anfíbio e corre a velocidades incríveis no solo e na água. Fala sério, que criança precisa disso?

8. Laptop Alien Force Ben 10 - Bem mais divertido do que os PCs e MACs normais, o laptop pra crianças vem com 28 atividades educativas e pouco divertidas. Você já vai criando um alien nerd que nunca jogou taco na rua e que vai ser zoado na escola desde cedo.

9. Nintendo Wii - Tá, é o que há de mais moderno e interativo em vídeo game, acaba com Atari, Master System ou qualquer outra coisa dessas, mas vamos combinar que isso é mais presente para os pais do que para os filhos, né?! Agora, os pais não brigam mais com as crianças porque o video game vai estragar a TV ou porque a criança vai ficar míope ou viciada, brigam pra saber que jogo vai ser jogado, quem joga primeiro, enfim...

10. Jogo Super Banco Imobiliário - Pois é, o joguinho das crianças empreiteiras e empreendedoras que compram e vendem propriedades agora facilita todas as negociações aceitando cartão de crédito.

Sem mais.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ih, lascou?!

"Mas há sempre algo que se lasca, que se acaba. Uma magia que se estraga. Uma vela que se apaga aos poucos. Um abalo que um dia, talvez, não dê mais jeito. Uma ofensa que, talvez, desta vez, não dê conserto. E então chega um dia em que eu não te reconheço. Um dia que não vem depois do outro. Uma certa noite, fora do tempo. E então, um dia, eu não me reconheço e quero o que eu nem sabia que era isso que eu queria." (3naMassa)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um groove perdido em Trenchtown

Perfil VIP da Caras

Existe na Revista Caras uma seção chamada Perfil Vip. Esse é o da Susana Werner.

E esse é o meu, com base nas perguntas da Susana.

PERFIL VIP

Nome Completo: Potira Romualdo Cunha

Profissão: Desocupada

Idade: 28 anos

Signo: Escorpião, com ascendente em Virgem. Ah, galo (ou seria galinha?) no horóscopo chinês!

Quem é? Oi?! Eu que te pergunto!


Qual o maior mico que já pagou? Vários, como criar esse blog e esse texto. (risos)

Qual foi a grande virada na sua vida? A que eu dei na noite passada e me fez cair da cama.

O que a faz rir?
Tombos e tropeços alheios.

Pesadelo:
Elza Soares depois das plásticas.

Sonho: Não lembro muito bem quando acordo.

Ídolo de beleza: Zack de La Rocha porque beleza interior é tudo!

Ídolo de competência:
Tiririca, melhor campanha eleitoral ever. Melhor jingle, melhor texto, melhor tudo!

Se não fosse atriz, que outra profissão teria? Não sou atriz, mas seria uma mulher fruta qualquer.

Ossos do ofício: Coisa de coveiro.

Religião (ou fé): É pra escolher?! Escolho fé.

Tem algum amuleto?
São Jorge tatuado nas costas, serve?

Se fosse empossada Imperatriz do Brasil, com poderes absolutos e não pudesse recusar a missão, qual seria seu primeiro ato? Comprar uma carruagem nova.

Política: Da boa vizinhança.

Pecado da gula: Fazer quem come engordar.

Mania: De você.

Como vencer o estresse?
Tem livro com esse título, logo leia. Não me pergunte.

Indignação: Música da época boa do Skank. "Eu... fiquei indignado! Ele ficou indignado!..."

Aplauso: Obrigada!

Saudade: Da minha cama quando tenho que levantar cedo.

Cheiro gostoso: Trem pro Grajaú às 18h15.

Lembrança do primeiro amor: Macaulay Culkin ainda não era drogado e prostituído.

Sexo na primeira vez: Combinei de não falar da minha vida pessoal. Cadê meu empresário?!?!

Barraco: O da Tati, mas parece que tá quebrado.

Música da sua vida: Accelerated, Banda Calypso

Se fosse um bicho, qual seria? Barata pra ver se virava gente.

Coleção: A última do McQueen.

Cobiça: Cobiço.

Qual o seu objeto de maior valor de estimação?
De valor ou de estimação? Pode ser mais específico?

Imagem marcante: As do Google Imagens. Não importa o que você pesquise, vai sempre aparecer uma imagem de sacangem ou uma bunda. Digite futebol, por exemplo, e verás...

Inigualável: Obrigada pelo elogio de novo!

Tags
potira-cunha

* P.S.: As informações contidas aqui são mera brincadeira, logo não sou galinha, não ouço banda Calypso, não acho Zack de La Rocha feio, mas dou risada das pessoas que caem na minha frente.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Conversa de elevador

No elevador do Shopping Lapa (Isso, existe um shopping na Lapa. Não recomendo!):

Minha tia: Por favor, a gente vai pra praça de alimentação... Último andar são os cinemas... Quantos cinemas têm aqui?

Ascensorista: Não sei, não sou curiosa.


No currículo dela devia estar em destaque: FACILIDADE DE LIDAR COM O PÚBLICO.

Vovó e as novelas do SBT

- Ah, essa aí é Carnaval de Paixão. Ainda não começou a Ana Raia.
- Canavial, vó, Canavial de Paixões. E não, ainda não começou Ana Raio e Zé Trovão.

Na kebaberia...

- Oi. Eu queria um kebab de kafka.
- De kafta?
- Ah é! De kafka vem com uma barata dentro, né?!

...

- Desculpa, moça, não entendi...
- Nada não. Só o kebab e uma coca mesmo.

(Mais um episódia de "A surreal vida de Potira, a sem noção")

Se eu tô rindo é pra você...



É, eu tô na vida é pra virar,
Que a felicidade vem,
Eu tô sonhando mais além

Não, nem vem aqui me atazanar
Se eu tô rindo é pra você
Eu não fui feita é pra fingir

Eu tô ligada é no amor
Que se tem pra viver

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Diana Krall é Natal

Porque, pra mim, não importa o que a Diana Krall cante, tudo parece música de Natal, tudo vira Jingle Bell...

Observe:



Agora:

A moda

Depois do sapato camelo, da calça saruel, da saia bandage, agora inventaram a manga presunto.





Nessas horas, eu começo a achar que realmente eu não entendo nada de moda!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Bagulhos do bumba

Pegar ônibus em São Paulo é para os fortes.

Fato é que fazer trajetos que vão do simples "Vila Madalena - Parque Edu Chaves" aos mais complexos como "Pinheiros - Terminal Jardim Ângela", "Terminal Princesa Isabel - Cohab Taipas", incluindo integrações com metrô, trens, vans, pode ser uma experiência antropológica se olharmos com atenção os tipos humanos que aparecem na vida de qualquer pessoa que ande de ônibus, pelo menos, uma vez ao dia.

1. Mulher-cobra: normalmente, usando calça jeans ultrajusta, top de supplex (ou algum tecido sintético do tipo que se usa pra fazer ginástica) e uma sandália plataforma, esse ser costuma se enrolar no ferro onde deveríamos colocar apenas a mão pra nos segurar, formando o famoso símbolo da medicina. A mulher-cobra não só coloca a mão, como o braço e o restante do corpo ao redor do ferro, fazendo uma espécie de malabarismo enquanto o ônibus faz curvas, passa por buracos, num misto de pole dance e falta de noção, já que quem quer só por a mão pra se apoiar um pouquinho fica sem ter como fazer isso.

2. Mulher-cremosa: ela sai de casa com o cabelo todo trabalhado no gel brilho molhado. Eu não sei direito qual é a ideia disso, mas faz o maior sucesso especialmente entre as moças de cabelos cacheados. Aí, você entra no ônibus lotado tentando desviar dessa gosma para evitar que aquilo respingue em qualquer parte do seu corpo; aí, a fulana passa a mão no cabelo sem parar depois segura no ferro e você, sem saber, vai segurar e sente a mão escorregar...


3. Sou porteiro, não saio nunca:
a criatura para ali na porta de saída, mas vai descer só no ponto final. Normalmente, são duplas ou até trios de pessoas que se reúnem ali, com medo de não conseguir descer no último ponto. Aliás, são os mesmos que costumam ficar empatando na porta de entrada também, o que faz com que as filas nos pontos de ônibus tripliquem.

4. Empaca-catraca: é aquela cheia de sacolas e bolsas, que não deixa o dinheiro separado, coloca tudo em cima da gaveta do cobrador e fica lá, durante horas, procurando o bilhete único, os cinco centavos que faltam pra completar os 2,70...

5. O sonolento: ele não dormiu direito, acordou muito cedo, vai saber! Mas ele só quer um ombro amigo pra se encostar e dormir, por isso sua cabeça teima em cair sobre seus ombros.

6. O prestativo e o medroso: o prestativo quer a todo custo segurar sua bolsa, sua pasta, seu casaco, seu guarda-chuva molhado, mas você nem pensa em entregar nada a ele. Já pensou em quantas pessoas são furtadas por esse tipo de gente prestativa?!

7. Finjo dormir pra não te ajudar: esse tipo é aquele que, quando percebe que você tá carregado de coisas, finge estar dormindo, logo não vê suas coisas e não pode se oferecer para segurá-las.

8. Tinjo o cabelo de loiro pra parecer velha ou uso bata pra parecer grávida, mas só sou gorda mesmo: essas são aquelas tiazinhas que não são tão jovens, nem tão velhas, mas que pintam o cabelo de loiro e te deixam na dúvida: dar ou não dar luagr a elas. O mesmo ocorre com qualquer gordinha de bata: está grávida ou não, dou ou não dou lugar.

9. Tenho celular pra usar mesmo: a pessoa já entra com o celular na mão às oito horas da manhã. Em meia hora de ônibus, sentado ao lado dela ou em local distante, se você não estiver ouvindo seu iPod em alto e bom som, saberá a vida da pessoa e, provavelmente de sua família, amigos, vizinhos, em detalhes.


10. Ouço música ruim e gosto de compartilhar:
sim porque como se não bastasse falar ao celular, as pessoas agora usam como rádio. Quer dizer: a pessoa vai lá na internet, baixa só o melhor de Calypso, Calcinha Preta e dos funks cariocas, pendura aquela bosta de celular no pescoço, liga o MP3 e compartilha a droga com todo mundo. Só queria saber quem inventou isso...




Lógico que existem muitos outros "tipos", como os que envolvem crianças, os adolescentes, etc, mas eu teria que escrever um livro, não um post.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sobre o VMB

Saudades do tempo em que o VMB chamava Video Music Awards Brasil, premiava artistas de verdade, não era uma superprodução, mas tinah shows dignos como estes...



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Votar?

Sempre morei no mesmo lugar, perto de um grande colégio em São Paulo que, em época de eleição, é usado para votação. Graças a essa proximidade, costumava gostar muito desse período.

Era sagrado o almoço na casa da tia Léa (que mora na rua perpendicular à minha) e a saída no domingo de manhã junto com minha mãe, minha vó, meu avô e minhas tias para a votação.

Para o meu avô e minha avó, aquilo sempre foi muito importante. Mesmo quando estava de cama, meu avô queria que dessemos um jeito para que ele pudesse votar. Minha vó, com quase 90 anos, ainda sobe três andares de escada para votar.

Pra mim, eleição sempre foi uma festa. Eu ia mesmo pra pegr papelzinho, brindes, bandeirinhas, bonés, camisetas, adesivos, bottons, tudo, e de qualquer candidato. Óbvio que, como eu sempre fui do contra, sempre dizia que se votasse, votaria no Maluf e, por isso, seus flyers eram meus preferidos.

Toda essa festa durou até os 18 anos, quando disseram que eu teria que votar (sim, eu nem cogitei de tirar meu título aos 16!). Meu avô estava bem mais empolgado do que eu em relação a isso, mas já que eu teria que tirar de qualquer maneira aquele título, lá fomos nós para o TRE.

Pensando que estava tudo resolvido, agora era só aguardar o momento de votar. Mas infelizmente, eu, que já estava puta por ser obrigada a votar, tive uma surpresa ainda mais desagradável antes mesmo dos resultados da eleição - que sempre são desagradáveis, mas nunca surpreendem.

Sim, eu fui chamada para ser mesária assim que tirei meu título. Quer dizer: eu nunca tinha votado e já ia ser mesária.

Foi assim que meus dias de festa eleitoral acabaram e, por cinco anos, passei a ficar das 7h às 17h30 dentro de um colégio eleitoral, ganhando apenas um vale-refeição de sete reais e dois dias de folga - que poucas vezes foram aproveitados.

Hoje, não preciso mais trabalhar em dia de votação, mas também já não me empolgo mais com os papéis, flyers, camisetas, bonés, afinal são os mesmos candidatos que eu vejo há mais de 20 anos. O jeito agora é cumprir a obrigação (se é obrigatório, cadê a democracia?!) e escolhar votar no que seja menos pior, no que seja diferente, no que não tem chance, mas se tivesse poderia dar certo...


As pessoas (jornalistas normalmente) são estranhas...

...passam dias criticando o tal pastor que queria queimar o Alcorão, depois passam dias criticando o que está escrito nele, o uso do véu na França....

Eu não entendo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amy, 27 anos

Hoje é aniversário de Amy Winehouse. Ela faz 27 anos.

Como 27 é uma idade meio crítica, já que muitos artistas morreram com essa idade, aproveito pra colocar um videozinho pra homenageá-la enquanto está viva.




Vida longa à Amy Winehouse!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Rugby brasileiro










O poder da persuasão... Por isso eu adoro propaganda!

Sobre o coração

1. Odeio essa moda de fazer coraçãozinho com as mãos...



2. S2 pra mim não tem formato de coração.

3. Que raios dá na cabeça de uma pessoa pra mandar "beijo no coração"?! Isso não existe e, se existir, pense em beijar um coração... é nojento! Dispenso!

Val Jamaica, o rei do reggae brasileiro



"Tô doido, tô doido..."

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Seja um pastor credenciado

Eis que no portal G1 da Globo.com, enquanto lia uma notícia qualquer, dou de cara um esse link patrocinado anunciando "Seja Pastor Credenciado como Bispo Edir e Pastor Silas Malafaia". Preciso escrever mais?




Credenciamento pra quê?! Parece algum tipo de gangue, de clube, partido... Será?

Entrei no site e digo que vale a pena ver até onde pode ir a insanidade humana: os cursos são à distância e vão da graduação ao PhD. Entre as opções do site, há a sempre presente "lojinha", além de links bizarros como "Igreja em casa", "Conselho Federal de Pastor", e o sempre presente "Faça sua doação".

Enfim, quem me conhece sabe que eu não tenho nada contra as igrejas evangélicas, protestantes, católicas, até porque faço parte de uma delas (protestante das tradicionais, mas que, infelizmente, todos colocam no mesmo balaio, o das "igrejas dos crentes").

Porém quando leio algo desse tipo, fico meio revoltada e só o que posso recomendar é que leiam o livro de Apocalipse na Bíblia, a melhor explicação para o que está acontecendo ultimamente. Sabe aquele negócio de fim do mundo, 2012... tá tudo lá.





* Ah, isso não é um post pra converter ninguém, nem de "crente fanática", como alguns podem pensar.

O primeiro e último CD

Em 1993, eu estava na sétima série e vivíamos uma época de transição dos velhos discos de vinil para os novos disc laser - como dizíamos na época -, conhecidos hoje como CDs.

Foi nesse ano que meu avô comprou o primeiro aparelho que tocava CD da minha casa e me deu. Foi um JVC portátil, que custou 500 reais e só foi encontrado no Shopping Plaza Sul. Tão raras quanto as lojas de aparelhos eletrônicos que vendessem CD players, eram as lojas que vendiam os tais CDs; só havia três: a Hi-Fi, no Shopping Iguatemi, a Billboard, no shopping Paulista e uma distribuidora da Geffen e de outras gravadoras estrangeiras, no Itaim.



Fato é que meu avô me deu o aparelho antes de eu ter qualquer CD para toccar nele, o que fazia com que eu continuasse ouvindo meus vinis... até o dia em que, em alguma data comemorativa que eu não me lembro qual, ganhei meu primeiro disquinho.

1993 parece ter sido o auge do rap nacional. Lembro que existia uma tal de Rádio Metropolitana, que tinha um horário dedicado ao estilo, além da 105 e de outras rádios, que já não existem mais. Além de grupos como Doctor MCs, RZO, RPW, Racionais - e Sampa Crew (rs...), um rapper branco, carioca, classe média, começava a fazer sucesso e conquistar o respeito das pessoas que curtiam o movimento: Gabriel, o Pensador.

Minha mãe, que também estava ansiosa para inaugurar meu aparelhinho de som (e que também não devia mais me aguentar reclamando que não tinha um CD sequer pra ouvir), correu até a loja em busca de um CD.

Mãe: Oi. Eu queria um CD do Gabriel, o Pensador.
Vendedor: Está aqui.
Mãe: Esse é o último, né?!
Vendedor: Só tem esse, senhora.



Sim, foi dele o primeiro CD que eu ganhei para ouvir no meu JVC. Era a época de "Loraburra", "Lavagem Cerebral", etc, músicas com letras quilométricas, mas que eu sabia inteiras. E minha mãe até tinha razão (ou talvez já previsse): foi o último que comprei do artista. O único, primeiro e último.



Ainda assim, não abandonei meus discos de vinil. Por muito tempo, o velho Gradiente me aguentou fazendo um vai e vem para "produzir scratches" (sim, eu pensava que era DJ!) usando os discos da Xuxa, do Iron, da Maria Bethânia (minha mãe nunca soube disso! rs...), ou de qualquer outro que estivesse dando sopa na prateleira.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Gorda Gil?!

Minha vó conversando na sala com minha mãe, enquanto assistem à TV:

Vó: Essa aí é aquela filha do Gilberto Gil, né?!
Mãe: É...
Vó: É Gorda Gil o nome dela, né?
Mãe: É, Gorda Gil.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

E a globalização continua...

Eu já achava o tal do Yakissoba Yah! uma mistura danada. Hoje, voltei lá e descobri mais algumas inovações.

O cardápio agora inclui Yakissoba (prato chinês, ok?!) com molho japonês, chinês, gengibre e, acredite se quiser, INDIANO.

No quesito "rolinhos da primavera", além do tradicional sabor Legumes, agora eles vendem as versões Chocolate e Goiabada!

Caramba, daqui a pouco vai ser yakissoba com molho de carne seca e abóbora e rolinho de açaí.

Sobre como eu me tornei craque em basquete (ou a primeira vez que eu fiquei de recuperação)

Desde que me conheço por gente, não consigo me lembrar de ter ficado um ano sem estudar. Minha vida inteira - ou pelo menos, uns 25 dos 28 anos que eu tenho - passei dentro de uma instituição de ensino, incluindo aqui do pré ao mestrado, passando por cursos de idiomas, artes...

Fato é que eu tinha tudo pra ser uma nerd, se não fosse por duas passagens vermelhas na minha vida acadêmica, apesar de uma delas até poder me dar o título de "Nerd com Mérito".

Como para todo nerd, a educação física para mim (como eu já disse aqui, de novo a educação física!) era o momento mais aterrorizante de todos da escola. Em tudo, até em matemática, eu me virava e, se não desse pra tirar o 10, tirava o suficiente pra passar, mas em educação física, por mais que eu tentasse me virar, não dava.

Na quinta série, as aulas de Educação Física deixaram de ser o famoso Corre Cotia (que já me deixava em pânico) e passaram a ser divididas em dois tipos de aula: ginástica olímpica e jogos. Óbvio que eu não me dava bem em ginástica olímpica, nem nos jogos. Mas o que complicou foi que além de todas estas habilidades exigidas, eu ainda precisava fazer provas físicas.

As provas se dividiam em: abdominais, flexibilidade, corrida e salto, tudo com um valor médio padrão pra cada idade, e uma apresentação utilizando os movimentos aprendidos na ginástica olímpica. Pronto: fiquei de recuperação.

Nas apresentações de ginástica olímpica, tínhamos que fazer sozinhas movimentos na trava, no cavalo, usando uma música instumental qualquer. Como naquela época, eu ainda não havia sido apresentada à Capoeira, meus movimentos mais pareciam o de um boneco de posto. Acrescente aí uma boa dose de timidez e o fato de ser observada por todas as alunas da minha sala, quando não pelos outros alunos do colégio, já que as aulas eram antes do intervalo do recreio e eu, com esse nome com P, uma das últimas a se apresentar.

Para as outras provas, as físicas, o nível exigido era muito alto para uma menina de 10 anos, que não fazia atividade física nenhuma (nem o balé ou o jazz que todas as meninas da minha idade faziam), anêmica, alta, magrela e desengonçada como eu.

Baseada numa tabela de valores correspondentes à idade, a professora Regina chamava aluna por aluna para efetuar o circuito, enquanto as outras ficavam olhando e botando certa pressão do tipo: "Vai! Só mais 300!" (Pena que naquela época eu ainda não era muito esperta, Se fosse hoje, mandava todo mundo se f...!).

Primeiro: teste de abdominais. O objetivo era que se alcançasse ou ultrapasasse a meta de abdominais. A minha, de acordo com a idade, era 35. Eu já morria nos primeiros dez.

Em seguida, íamos para o teste de flexibilidade, em que teoricamente eu teria que alcançar o pé, ou passar dele, sentada, sem dobrar o joelho. Sentia a perna queimar, tremer, mas não via a droga da mão alcançar os pés.

Para finalizar o circuito, um salto - devido à minha altura e segundo os cálculos da digníssima Regina, eu teria que ser praticamente a Maurreen Maggi.

Depois do salto, quando eu já colocava os bofes pra fora e praticamente implorava por uma bombinha de asma (sim, eu ainda tinha bronquite pra ajudar!), ainda tinha que correr em busca de dois toquinhos em tempo recorde, em segundos...

Eu só poderia ter ficado de recuperação, o que fez com que meu martírio se estendesse por mais um mês de provas e atividades, porém um pouco diferentes.

Acho que, impressionada por minha habilidade, a professora resolveu inovar e aplicou prova teórica de regras de basquete.

Resultado: estudei, decorei e passei com 10 em educação física.


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fuck You!

Gnarls Barkley é uma daquelas bandas que não comprometem, cujo único objetivo é fazer você se divertir.

Além de tocarem/cantarem pra caramba, o DJ Danger Mouse e o rapper Cee-Lo Green fazem apresentações hilárias como personagens de Laranja Mecânica e Star Wars, e produzem clipes sensacionais. Quem não se lembra do clipe de "Crazy"?!

Agora, Cee-Lo volta a sua carreria solo e já manda uma pedrada: "Fuck You"!



* Mais uma que pode se tornar um mantra: Fuck you, fuck you...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Blog Day

Hoje, 31 de agosto de 2010 comemora-se o quinto BlogDay, data em que cada blog indica outros cinco para seus leitores. Eu, como sou meio "over", indico dez (que não estão em ordem de preferência):

1. Cinema Cultura: porque tem toda a filmografia do Fellini para baixar, inclusive Amarcord, que é lindo.

2. You & Me on a Jamboree: porque tem toda a discografia que você precisa ouvir de música jamaicana old school.

3. DNA Discoteca Nacional: porque tem toda a discografia de música boa brasileira contemporânea.

4. Gaveta Cheia: porque a autora é minha amiga e escreve coisas bacanas e bonitas.

5. Moral em Concordata: porque sim.

6. O Micróbio: porque mesmo sem conhecer quem escreve, eu leio sempre.

7. O Carapuceiro: porque é do Xico Sá, o maior observador dos modos de macho e das modinhas de fêmea que eu já vi.

8. eraOdito: porque fala de literatura sem rodeios.

9. Donnerwetter: porque, mesmo que o Batata não atualize sempre, ele escreve coisas legais sobre a Alemanha.

10. Blog do Tom Zé: eu não sei se é ele quem escreve, mas além de eu ser fã dele, ele fez uma música pro centenário do Corinthians.


Que milagre o senhor por aqui ou sobre a paciência e como se acostumar com a rotina

Sem dúvida, não existe história de amor mais bonita do que a do Professor Girafales com a Dona Florinda (e isso não é saudosismo dos anos 1980, ok?!) porque é, acima de tudo, uma história de paciência.

O namoro deles não sai de uma xícara de chá e um humilde ramo de flores. Todos os dias, os dois amantes se encontram e a conversa é a mesma.

O tal professor tem de aguentar , na escola e nas visitas, o filho chato e mimado da mulher que tanto ama. Some-se a isso ter que presenciar e, muitas vezes, participar sem querer das brigas da vizinhança do cortiço, sendo atingido por baldes de água, vassouradas... E ainda: se arrumar todo para encontrar uma mulher usando bobes no cabelo! E no final só reclamar com um "Tá-tá-tá!".

Mas a vida de Dona Florinda também não é lá essas coisas. Que mulher gostaria de receber, todos os dias, o mesmo presente: as famigeradas rosas vermelhas. Poxa, professor! Podia variar um pouco, né?! Uns bombons, uma joia, umas roupinhas novas, já reparou que a sua digníssima senhora usa sempre a mesma roupa?!

Enfim, relevando as mesmices, a rotina, os problemas com vizinhos, a chatice do filho, caminham sempre juntos (não, um após o outro), em direção a uma xícara de chá.