quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ce n'est pas...

Inominável. Não é tudo, mas parte. É como boa poesia: bem escrita, mas sem rima. Boa companhia para conversar - sobre futebol, carnaval, arte, livros, Big Brother; para passear - ainda que seja um passeio até o ponto do ônibus errado; para rir; para ouvir Céu e Hurtmold; para aprender coisas - como abrir arquivos em rar, enfim.... Mas (e sempre há um "mas), às vezes, é a abelha estranha que sai da rosa quando menos se espera, pronto para espetar seu ferrão na primeira vítima alérgica que encontra. Mesmo assim, é o veneno e o antídoto. Doce e azedo. Sol e tempestade. Luz e sombra. O corte e a cicatriz. Não é sim, nem não, é sempre talvez... A boboca e o moço, a enxerida paranoica e o rudeboy, a malemolenga e aquele que n'est pas..., talvez Vladimir e Estragon à espera de Godot. Talvez seja essa a história dessa amizade (que poderia ser temporária, mas parece estar se tornando permanente). Mas quem ou o que é o Godot que esperam? Não sei, mas permanecem sentados esperando. Em poucas palavras: foi aquele a quem eu concedi o status de "amigo". Facilmente.

(14/03/2010)