Lembra-se bem da primeira vez que o viu: ele passava carregando um monte de coisas e usava uma camiseta colorida. Sim, ela gostou dele primeiro por causa das cores da camiseta - era uma espécie de tie dye em vermelho, verde e amarelo. Enfim, como se fosse um acaso da vida (atenção ao “como se fosse” porque não foi), as conversas ficaram comuns e eram sempre divertidas. Eram sempre parecidos, mas ao mesmo tempo tão diferentes nas diferenças. Uma amizade distante, cheia de esperanças que iam e vinham na mesma frequência que ele. Um dia, depois de bastante tempo, ele virou fumaça pra ela. É, é engraçado como um simples gesto desmonta toda a imagem que temos de uma pessoa, né? Ela confessa que perdeu um pouco o respeito e a admiração que tinha, apesar de ainda acreditar que, em outra situação, ele voltaria a ser aquele que sempre admirou, mas não... Confessa também que, às vezes, ainda procura por aquele que ela perdeu. Mas não há como consertar algo que lascou, algo que queimou mais do que devia... De tudo, só o que sobrou foi a lembrança do vício porque o cigarro que ela precisava apagar de si, ele mesmo já havia apagado numa daquelas.
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