quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Lisos, crespos, balaiagem, guanidina, alisabel, chapinha....

Qualquer pessoa que tenha cabelo sofre! Quem tem crespo quer liso; quem tem liso quer crespo, de acordo com a moda...

Mas, com certeza, quem tem cabelo crespo sabe mesmo o que é sofrer!

Você quer deixar seu cabelo crespo, natural, cachos soltos, então lava, passa um leave-in caríssimo, faz mil coisas, mas saiu no vento: "Puff!", o black power se forma de uma maneira incrível!

Você quer prender, fazer um rabo-de-cavalo, puxa tudo pra trás, de repente: "Puff", os fios de cabelos da frente - que sempre são mais curtos - começam a levantar e você fica mais parecendo o Einstein! Sem falar que, dependendo do tamanho - na verdade, se o cabeloo for curto -, você não terá um rabo-de-cavalo, mas um pom-pom, no máximo um rabinho de urso...

Aí, você tem a brilhante ideia de fazer escova, com chapinha depois...

Tá tudo lindo... Se for num dia de sol, sem umidade, se não respingar vapor do chuveiro no seu cabelo... Se tudo isso acontecer, lá estão os antepassados levantando e mostrando que o crespo, assim como as baratas, sempre sobrevive!

A escova normal não basta, o negócio é a escova progressiva.

Antigamente, alisava-se o cabelo com henê, Alisabel, Wellachic e outros alisantes, mas o resultado sempre era o mesmo: nada ou, no máximo, um cabelo táo esticado que mais parecia que você tinha colocado o cabelo debaixo de um rolo compressor! Isso sem falar na técnica de alisar com o ferro de passar roupa ou passando óleo de amêndoas - um luxo! - Tudo melado ou queimado!

Com a tecnologia, depois da japonesa, da baiana, da de chocolate, da egípcia... o negócio agora é a progressiva. O trabalho é o mesmo: umas sete horas de cabeleireiro, uns 300 reais gastos e a promessa de um cabelo liso e sedoso por pelo menos três meses, sem medo de chuva, vento, mormaço, sol, umidade, nada!

Bom, já que não fazem mais sentido os versos de "Respeitem meus cabelos brancos" (estão fora de moda), de Chico César, que dizem:

Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar


O jeito é se render a João do Morro e sua "Balaiagem":

As meninas estão correndo com medo da tempestade!




P.S.: Sim, já passei por muitas das situações e muitos dos produtos citados! hahahaha...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Groove! Groove! Groove!

1974 - Versão "Soul" (Confesso que acho a tiazinha bem estilosa):


Minnie Riperton


2009 - Versão "Reggae" (Groove! Groove! Groove!):


3 na Massa e Marina de La Riva

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sem fastio, com fome de tudo!

Eu não tenho muito que fazer ultimamente, consequentemente, só me resta comer, beber...

Dessa falta do que fazer, veio a ideia – vamos fazer um post sobre algo que realmente está fazendo parte da minha vida agora. Eu poderia ter postado uma receita, mas aí, seria muito mentiroso da minha parte, já que eu nunca cozinho nada, iria ter que copiar alguma da Palmirinha Onofre (que também está fazendo parte da minha vida ultimamente!

Assim, eu elegi as melhores músicas sobre comida e bebida (na minha opinião):

1. Rexeita da Xuxa – Xuxa:
Nossa rainha, gravou a canção no Xegundo Xou da Xuxa e, com toda a inocência que pode ser percebida em sua voz doce e suave, como a de uma criança (hahahaha), interpreta versos como: “Tem pêra, tem! Tem leite, tem! Se tem maçã, então tá bom!” Quantas vezes cantei e dancei junto com a Rainha, às 8 horas da manhã, no café-da-manhã da Xuxa... O mais legal é que eu nunca comi nada do que ela cantava na música no café da manhã – enquanto ela comia frutas, café, manteiga, pão, biscoito... Eu passava muito bem com o meu leite com chocolate. Mas tudo bem, se tem maçã, então tá bom! E o melhor: ainda dá "pra gastar as energias com a loirinha" (bizarra)!





2. Suco de tangerina – Beastie Boys:
Esta é sem dúvida a melhor, não por ser “Suco de tangerina”, mas por ser Beastie Boys. Li num site que a faixa, do álbum instrumental “The Mix-Up”, foi uma homenagem dos caras a Jorge Ben e Brigitte Bardot. Eu recomendo boas doses diárias!




3. Olha banana, olha o baneiro - Jorge Ben (?):
Essa é a trilha sonora da minha avó. Ela não pode passar num mercado, quitanda, sacolão, feira, na banca do Zé, sem comprar uma bananinha... Na verdade, ela não passa nem perto da fruteira sem pegar banana.




4. Pinga – Pato Fu:
Em homenagem aos meus amigos bêbados, que já foram homenageados com a diva Heleninha Roitmann.




5. Chocolate – Tim Maia:
Eu, com certeza, não poderia deixar de fora essa música. Só ficaria de fora se tivesse a música “Sorvete”!




Menção honrosa à Chá de Cannabis, de Kussunduola, clássico do reggae maconheiro, com a letra mais nada a ver que eu já ouvi (lata d´água/mulata d´água?!)! rs...




Incluiria ainda na lista: Bolo de ameixa, da Mundo Livre S/A; Chá verde, da Tiê; Visgo de jaca, da Céu (Martinho da Vila)

Post inspirado em Fome de tudo, da Nação Zumbi! Chila, relê, dormilindró!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer"

Envelhecer é uma das músicas do novo álbum de Arnaldo Antunes "Iê-Iê-Iê".




Envelhecer

A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer
A barba vai descendo, e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo, e o tempo vai dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo, e a gente aprendendo a esquecer

Não quero morrer, pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer

Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar
Eu quero que a panela de pressão pressione
E que a pia comece a pingar
Eu quero que a sirene soe
E me faça levantar do sofá
Eu quero pôr Rita Pavone
No ringtone do meu celular
Eu quero estar no meio do ciclone
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá

Pois ser eternamente adolescente nada é mais demodé
Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender
Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Trapalhão cachaceiro?!

Porque Mussum não era só um trapalhão cachaceiro... Ou melhor, porquezis Mussumzis nao era so um trapalhaozis cachaceiro...



Esperanças perdidas

Quantas belezas deixadas nos cantos da vida
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
E quando os sonhos se tornam esperanças perdidas
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar

Minha beleza encontro no samba que faço
Minha tristeza se torna um alegre cantar
É que carrego o samba bem dentro do peito
E sem a cadência do Samba não posso ficar

Quantas belezas deixadas nos cantos da vida
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
E quando os sonhos se tornam esperanças perdidas
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar

Minha beleza encontro no samba que faço
Minha tristeza se torna um alegre cantar
É que carrego o samba bem dentro do peito
E sem a cadência do Samba não posso ficar

Não posso ficar, eu juro que não
Não posso ficar, eu tenho razão
Já fui batizado na roda de bamba
O Samba é a corda, eu sou a caçamba

Quantas noites de tristeza ele me consola
Tenho como testemunha a minha viola
Ai se me faltar o samba não sei que será
E sem a cadência do samba não posso ficar

Não posso ficar, eu juro que não
Não posso ficar, eu tenho razão
Já fui batizado na roda de bamba
O Samba é a corda, eu sou a caçamba

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

El baile de la tigresa

Sem palavras...



Vergonha alheia...



La Tigresa del oriente por ela mesma... Aplausos para ela, por favor!



Bizarra...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Aula de inglês

Para quem tem alguma dificuldade em aprender o idioma, aqui vai uma dica de exercício de pronúncia.

Porque as crianças, sem dúvida, têm muito a ensinar...

- Say: "Whatever"




- Say: "Blood"




- Say: "Firetruck"

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O mundo segundo os olhos da minha tia avó

- O médico mandou eu comprar uma meia 'quenga' pra varizes.

O show tem que continuar...

O cantor francês Charles Trenet disse: "Quem veio ao meu show está dispensado de ir ao meu enterro.
Michael Jackson poderia dizer: "Quem veio ao meu enterro está dispensado de ir ao meu show ou a qualquer apresentação de um (ex)artista da Motown, Sony, etc."


(Charles Trenet, La mer)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pagode no mangue

Eu não tô entendendo mais nada...

Na década de 90, Chico Science e a Nação Zumbi, Mundo Livre S/A e outras bandas do Recife cantavam as mazelas do mangue, enquanto nós, aqui no Sul/Sudeste, tínhamos nossos ouvidos invadidos por uma enxurrada de grupos como Katinguelê, Exaltasamba, Artpopular e outros que se orgulhavam em dizer: "Sou mestiço, sou pagodeiro, sou brasileiro".

Mas minha surpresa foi encontrar no Youtube esta pérola: um mestiço, pagodeiro cantando, acompanhado por um coral gospel, versos como: "Sou do mangue, sou do mangue"... Uai, pára o mundo que eu quero descer agora!

terça-feira, 30 de junho de 2009

MJ R.I.P

Não postei nada sobre Michael Jackson, mas aí vai um dos vídeos mais legais dele: "Leave me alone", de 1987.



He left us alone... Que pena!

domingo, 28 de junho de 2009

Reality show da Narcisa

BBB, Fazenda, Casa dos artistas... Dizem que isso é reality show, mas...

Desde quando a minha realidade (e a de todas as pessoas que eu conheço) é passar o dia inteiro numa casa com piscina, tomando sol, sem fazer nada?! Que eu saiba minha realidade e a de muita gente com aproximadamente a mesma idade daqueles que estão nestes programas - na maioria, jovens de 20 a 30 anos, solteiros - é levantar cedo todo dia pra trabalhar, estudar e, nos finais de semana, se sobrar uma grana, ir ao cinema ou a algum outro lugar pra passear. Piscina?! Só se for a contaminada do SESC ou em alguma viagem pro litoral nas férias!

Pra comer, não lembro de ter participado de nenhuma prova de corrida ou competição pra ver quem pegava mais bolinhas vermelhas numa piscina de lama em troca de uma lazanha, um chocolate, uma caixa de ovos... A gente trabalha, ganha um salário merreca e vai ao supermercado procurar as ofertas. Sem falar que não dá pra comprar com dinheiro de mentirinha, com “estalecas”.

Os prêmios são um caso à parte. Eu, por exemplo, nunca ganhei um carro por ter ficado mais de 4 horas dentro dele, ainda que tenha ficado dentro de um por mais de 8 horas indo de São Paulo pra Cananéia numa véspera de Carnaval.

E o líder (ou o fazendeiro, agora)? Esse deveria ser o cara que pega todo dia o Terminal Santo Amaro que sai do Terminal Amaral Gurgel e vai para a Berrini pra trabalhar. 1h45 minutos de trajeto em pé, sem trânsito; com trânsito, umas 3 horas (Isso sem contar com o trajeto feito antes de chegar ao Terminal Amaral Gurgel e considerando só a ida). Se der sorte ou acordar umas duas horas mais cedo, consegue sentar. Nestes programas não, líder é o cara que consegue pegar mais pilhas dentro de um quarto escuro!

E a TV de plasma que não funciona? Em que casa brasileira que tenha uma TV de plasma, ela não vai estar funcionando?! E o telefone que quando toca tem do outro lado da linha uma voz “de botar medo” dizendo algo do tipo: “Atenção, você está no paredão!” Que paredão?!

As festas são outras coisas surreais: ninguém que mora nas casas prepara as festas, nem vê o evento sendo preparado. De repente, tudo está pronto! Todo mundo come, bebe (de graça), dança numa pista (ao som de um DJ que surge do nada e toca de graça) e, no final, vão dormir. No dia seguinte: tudo limpo, como se nada tivesse acontecido! Nenhum copo pra lavar! Nenhum guardanapo pra jogar fora!

E por aí vai...

Aí, eu pergunto, reality show de quem? Só se for da realidade da Narcisa Tamborindeguy!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

E o Mano Brown?!

Depois da Wanessa (com W) Camargo com Ja Rule, agora, chegou a vez de Negra Li.




A menina que cantava no RZO e parecia um mano nos anos 90, agora está cantando com Akon!




Cantar com Mano Brown ninguém quer, né?!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Futebol e religião: um bando de louco

Toda religião tem, entre seus diversos rituais, o da oração.

Para manter a ligação com o divino, os fiéis costumam orar incessantemente, em qualquer situação, seja por meio de orações quase alienantes, como as repetidas milhões de vezes pelo Padre Marcelo Rossi em seu programa no rádio e na TV - 500 ave maria, 200 salve rainha, terço bizantino, terço não sei quê -, seja aquelas feitas realmente de coração por pessoas que simplesmente agradecem, pedem, conversam com Deus.

O mesmo parece estar acontecendo no futebol. A fiel torcida do meu time (que parece não ter "fiel" no nome à toa) tem entoado em todos os jogos uma espécie de oração, que foi transformada em mantra na propaganda de divulgação do filme feito em homenagem à torcida.

Se o time é sensacional, como é o Corinthians, a propaganda só pode ser sensacional também.

Por favor, silêncio e atenção ao mantra corintiano rumo à Libertadores 2010!!


terça-feira, 19 de maio de 2009

Isso aqui tá brincadeira, tá, tá, tá!

Porque a vida, mesmo louca e absurda, é um eterno aprendizado!





Porque chique é ser simples... Ser chique é não beber...




* Não resisti, é muito bom, tive que postar. Ai, que loucura! Ai, que absurdo!
** Livro pela Caras, hahahaha...
*** Atentem para o descritivo sobre a Narcisa no início do segundo vídeo!
**** Lar de Narcisa - "As crianças lá me amam..." rs...
***** "Já tirei vários amigos da cadeia."

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A vida segundo os ouvidos da minha vó

Jogo de futebol

- Vamos assistir o jogo do Corinthians hoje, mas o Reinaldinho tem que jogar!
- Ronaldinho, vó!
...
- Ih, olha, deu um penacho!
- Pênalti, vó!
...
- Ai, bem que o Bentinho podia dá um golzinho...
- Dentinho, vó!
...

Vendo TV
- Ah, mas hoje não é dia do programa do Rolim...
- Rolando Boldrin, vó!
...
- Põe na Veja!
- Que?!?!
- Dona Veja!
- Ah, Dona Beija, né?

segunda-feira, 30 de março de 2009

Risoflora

A Risoflora que eu conhecia era essa do Recife...




Agora, eu conheço mais uma, mas da Itália...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Trocadalhos do carilho

Desde que o mundo é mundo, a língua é o que mais representa a sociedade. No nosso caso, brasileiros, todo nosso senso de humor, a malemolência dos trópicos, é bem representado pela simples habilidade que temos em dar novos sentidos às palavras e frases, por meio dos chamados trocadilhos (ou, aproveitando o tema, os “trocadalhos do carilho”). Eles nada mais são do que recurso retórico deito a partir de alguma semelhança fonética ou sintática existente entre palavras, frases, intencionalmente ou não.

Muitas vezes, eles são péssimos no quesito educação e palavras bonitas e parecem ter sido todos criados por Renato Aragão ou por algum amigo seu da escola, mas eu acho todos muito engraçados e quem nunca usou um “É pavê ou pra comê?” que atire a primeira pedra!

Lembro da minha época da escola em que o trocadilho-rei era o “Se tem bruchove?”... Quantas vezes, eu fiquei tentando descobrir o que seria “Bruchove” pra poder responder esta pergunta.... E claro, depois que descobri o que realmente era, passei a adotá-la em todas as minhas conversas!

Dando uma olhada na internet, encontrei uma série de trocadilhos e listei aqui alguns dos melhores. Aqueles que não tem humor (como eu, que rio até do Dedé!), que não riem quando alguém fala “É pavê ou é pá cumê?” ou que são muito sensíveis à baixarias, pulem este post!

1. “As plantinhas ainda não falam porque são mudas.”

2. “Você não tem, mas o Frankstein.”

3. “Eu pinto paredes, o Jânio Quadros.”

4. “Ele cria galinha, o Paulo Coelho.”

5. “Você planta, o Phill Collins.”

6. “Eu como camarão, o presidente Lula.”

7. “Você gosta de café de máquina ou no coador é mais forte?”

8. “Que time é teu?”

9. “Você precisa mudar o corte de cabelo. Corta um pouco na frente ou pica atrás...”

10. “A mãe do meu amigo adora o Silvio Santos. Ela gosta mesmo de ver o Roletrando.”

11. “Tem posto aí atrás?”

12. “A fita é virgem porque o gravador é estéreo.”

13. “Vou fazer um almoço, mas preciso que você venha descascar alho.”

14. “Ninguém queria pagar a conta, mas a Cássia Kiss.”

15. “Minha amiga Paula está indo pra Genebra, se você quiser alguma coisa Paula traz.”

16. “Exportar é o que importa”

17. “Você gosta de verdura?”

18. “Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias.” (Até o Pe. Antonio Vieira, hein? Fanfarrão...)

19. “Feliz aniversário! E aí, vai ter festa nos seus anos?”

20. “Um abraço pra você e pra quem for da sua família.”



segunda-feira, 9 de março de 2009

Encontro inusitado

É por isso que eu gosto de YouTube. Encontrei algo que acho bem raro: Odair José, Elke Maravilha e MV Bill.



Deixa essa vergonha de lado e assume que achou bom!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Pergunta Tostines

Não sei se gosto de Ramones por causa delas...




Ou se gosto delas por causa de Ramones...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Novo tradutor!

Bom, eu tinha feito um outro texto, mas como só quem salva é Jesus e backup... eu perdi!

Fiquei um pouco estressada e, dando uma olhada pela internet, descobri um dicionário sensacional!

Se você teve uma infância 80s e seus domingos terminavam com "Os trapalhões" ao invés de BBB, com certeza vai achar muito útil este dicionário que traduz tudo do português para o "mussunzês".

Isto mesmo, agora você pode falar qualquer frase na língua do Mussum. Pra isto, basta clicar aqui, digitar sua frase no espaço em branco, clicar em "TO MUSSUM" (adorei isto!) e pronto, terá pérolas, como:

Hojis estázis muitis calorzis!





"Eu tô tranquilis!"

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Lado B

Se tem uma coisa sem graça no CD é a falta de lado B. Nos vinis tinha, nas fitas tinha, em alguns DVDs têm, mas no CD não.

O lado B era aquele lado do disco que todo mundo ouvia por último e que normalmente trazia as melhores músicas, mas que não eram e nunca foram hits, nem estiveram entre as mais votadas.

Um dos discos que lembro bem do lado B é o Xou da Xuxa 1 (sim, este mesmo). O lado A tinha todas as músicas que tocavam no seu programa matinal, enquanto o lado B tinha, entre outras coisas, uma versão da música Black Orchid, do Stevie Wonder, chamada Miragem viagem, interpretada por Patrícia Marx, na época integrante do Trem da alegria. A música realmente era uma viagem; a letra era até bem clichê, uma canção de amor, com versos do tipo “No momento em que está sentindo amor, o amor é natural”. A letra não era boa... mas a melodia... Bom, simplesmente surreal. Não sei, mas eu, com todos os meus 5 ou 6 anos, viajava psicodelicamente, como se tivesse tomado umas boas doses de ácido ao som de frases do tipo “Miragem, viagem, já sabe o que é real...Segredo, brinquedo...”.

Mas o engraçado é que existem músicas que são fadadas ao lado B, graças ao sucesso da faixa-título ou de outros hits do lado A, mesmo que muitas vezes sejam bem melhores do que os sucessinhos.

Geraldo Vandré, por exemplo, com certeza, seria outro e talvez continuasse sua carreira até hoje (sem traumas) se, ao invés de terem ouvido Pra não dizer que não falei de flores (aquela música de passeata de profesor), as pessoas tivessem ouvido “Aroeira”.

E por falar em idiotas...

Sinto muito, mas ultimamente tem muitos idiotas aparecendo na minha vida (ou talvez a idiota seja eu).

Bom, de qualquer forma, acho que eu devo seguir o conselho da filósofa, apresentadora, culinarista e amiga do bem Ana Maria Braga: "Pelo amor de Deus, vamos ser idiotas!"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Viva nós e que se danem os idiotas!!

Ode ao stop-motion

Eu não sei quem é o cara, não gosto da música, não sei se é stop-motion mesmo, não sei o que dá na cabeça da pessoa pra fazer isso, mas o fato é que o vídeo é muito bom!



Na mesma linha...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sessão da tarde

Quando eu era pequena (e até hoje), o período em que mais assistia a TV era nas férias, principalmente, nas tardes de chuva quando não podia brincar com as outras crianças do prédio no playground ou quando eu estava doente, com alguma crise de bronquite (infância bem saudável!).

Hoje, quando ligo a TV numa tarde de férias pra assistir a alguma coisa, só me resta escolher entre artesanato, aulas de culinária, barraco em família, desenhos da Cultura ou Malhação, porém, antigamente, quando não assistia ao Clodovil desenhando roupas "chiquérrimas" em seu programa, optava pela Sessão da tarde.

A mesma Sessão da tarde que hoje só passa Encantada, Uma escola atrapalhada ou aqueles filmes do Chuck Norris, na minha infância anos 80, tinha uma programação muito mais requintada.

4 filmes faziam com que eu e a maioria das outras crianças do prédio trocassem as balanças, gira-gira, gangorras e outras brincadeiras do playground pela TV da sala: A lagoa azul, que sempre, sempre passava no aniversário de uma das meninas do prédio); Nos tempos da brilhantina (que hoje chama de Grease) e A lenda de Billie Jean.

Tendo Brooke Shield como protagonista, A lagoa azul não era propriamente para crianças, nem o meu predileto, mas acho que todos éramos atraídos por ela por causa do cenário e da aventura de duas crianças-adolescentes perdidas no meio do nada. Tentaram fazer uma continuação, mas como era muito meia-boca, a Globo ainda continua a passar o filme em sua versão original.



Nos tempos da brilhantina sim era o meu filme preferido. Quando via no comercial que seria essa a atração do dia, não desgrudava da TV. O filme é uma historinha de amor típica dos colégios americanos, envolvendo uma nerd com um popular, mas o que atrai mesmo são as músicas. Até eu, que não gosto de musicais, sei todas as letras de cor (tudo bem que eu sempre cantei “Seven boys, seven boys...” na parte que, na verdade, era Tell me more, tell me more...) e, se bobear, ainda posso arriscar umas coreografias de Grease lighting. Grease ainda passa nas férias na sessão da tarde, não é sempre, mas a cada 5 anos...

Vamos lá, todos conseguem, basta levantar e abaixar os bracinhos..




Mas o filme que mais me chamou a atenção e que até hoje não sai da minha cabeça, com certeza, é A lenda de Billie Jean (não é a Billie do Michael!). Na época, todas as meninas do meu prédio se chamavam Billie Jena nas brincadeiras, todas queríamos ser a Billie Jean, ela era nossa heroína! Bom, fato é que, não sei porque, mas o filme nunca saiu da minha cabeça. Eu lembro pouco da história; só sei que a coitada da Billie Jean, uma adolescente americana, é acusada de um crime e tem que fugir. Pra onde, por que e o que acontece, eu já não sei. Só sei de uma coisa e é justamente ela que não sai da minha cabeça: numa parte do filme, a menina que tinha longos cabelos loiros, corta os cabelos bem curtinhos... O resto? Bom, o restante, se alguém quiser colaborar com a minha memória, é só me contar!


Calvin

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Top 10 marionetes e bonecos manipuláveis

Quem vê Shakira agora loira, corpinho de Beyoncé, cantando com a Beyoncé em inglês, etc, talvez não se lembre, mas ela não foi sempre assim.

A carreira da cantora estourou mesmo com os inesquecíveis sucessos Estoy aqui e Pies descalzos, quando era apenas uma colombiana, com cara de índia boliviana, cabelos (muito) pretos, lisos e, aparentemente, duros, e um tanto quanto gordinha.

Na época a colombiana – que não era casada com filho de presidente da Argentina ainda, limitava-se a cantar suas canções em espanhol e com uma voz que costumo chamar “Voz de marionete”.

Como ela não é a única intérprete a ter voz de marionete e para que todos os... 3 ou 4 leitores deste blog possam entender melhor o que é "voz de amrionete", fiz um Top 10 Marionetes:

1. Chitãozinho e Xororó - Eu não queria encher esse top 10 de sertanejos, mas é inevitável. Eles são os reis dos marionetes, acho que foram os inventores desta técnica vocal tão, tão... tão característica!

2. Shakira- Não preciso falar mais nada sobre ela, mas clique no nome dela aqui do lado e terá uma experiência única, um show de marionetes incrível!

3. Marlon e Maicon – Eles ainda existem? Bom, eu não sei, mas assista no Youtube a um videochat(que raios é isso?!) da dupla para o IG. É o melhor conteúdo de marionetes da internet. Assistindo ao vídeo, descobri que a voz de marionete é a do Maicon (Ou é do Marlon? Ih, agora já não sei mais quem é quem! – dupla sertaneja é sempre assim: os dois se transformam em um, tipo “Você viu a Sandy e Júnior se formou na faculdade?”). Só sei que se são assim falando, não quero nem ouvir cantando!

4. Reginaldo Rossi – Além do cabelo e das roupas vindas diretamente dos anos 70. Do túnel do tempo sai ainda aquela voz, entoando versos como os da música Garçon.

5. Alguém lembra da SuperVicky?! Então, a Maysa (a ex-Raul Gil que agora é do Silvio) é a nova menina-robô. Quem chegou a ver alguma apresentação da pentelha no “Homenagem ao artista”, sabe do que estou falando. Não agüenta a menina como apresentadora? Então, não queira vê-la como cantora!

6. Ed Motta – Tudo bem, ele até pode cantar bem, mas... quem faz todos aqueles sons estranhos com a boca, só pode ser marionete!

7. Dáblio Moreira e Marcos Henrique – O moleque já deve ser zoado na escola por chamar Dáblio (por que não colocaram só W Moreira?), mas isso não deve ser tão ruim quanto ser contratado, junto com outro menino, pra ser o Zezé di (di?! Ah, pára!) Camargo e Luciano mirins e ter que cantar “no dia em que eu saí de casa...” mil vezes... São bonecos manipulados com certeza, alguém fica lá manipulando os meninos, já que não é possível cantar mais de 20 vezes num filme de 1 hora e meia a mesma música!

8. Jordy – Essa eu desenterrei, mas o francesinho de 2 anos jamais poderia cantar coisas como Dur dur D’Etre bebé com tanta fluência. Eu fiz francês por 4 anos, tenho até diploma de bacharel no idioma e não sei se conseguiria cantar isso... Tenho uma teoria: o pai, precisando de uma grana extra, fazia o menino abrir a boca – como um marionete – e cantava fazendo essa vozinha pra fingir que era o moleque!

9. Ozzy Osbourne – Eu adoro o Ozzy, mas, gente, que voz é essa? Só podem ter sido os morcegos que ele andou mordendo!

10. Roberto Justus – O publicitário, apresentador, cantor, ator, marido da Ticiane, ex da Adriane, ex da Eliana e “popular” chegou a lançar um CD regravando músicas do Frank Sinatra (ele é praticamente o Frank Sinatra brasileiro, não?!). Se ele já era um robô falando “Você está demitido!”, imagine cantando.

Faltam-me palavras pra descrever o que significa “Voz de marionete”, então com vocês, “A voz”:




Alguém pára de manipular o Justus, por favor!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Que barra, hein?!

Sexta-feira chuvosa, passo na Bella Paulista pra comprar pão e no caixa – sempre cheio de guloseimas gostosas, vejo uma que parece bem interessante: barrinha de cereal.

Calma, eu sei que barrinha de cereal não é nada interessante, mas por recomendação médica, preciso comer algumas entre as refeições, então quando vejo uma um pouco diferente compro pra experimentar e pra variar.

Esta era de fato interessante: embalagem legal, uma caixinha pequena feita de kraft, meio rústica, típica de produto “ecologicamente correto”, do jeito que eu gosto. Peguei pra conferir o sabor, maçã/uva... Humm, parece bem interessante! 95 calorias, sem açúcar, rica em fibras... Em letras menores: barra de frutas e castanhas. Vou levar!



Segunda-feira, dia de trabalhar, levo a barrinha para comer na hora que me der fome e para aguentar até as 15h30, 16h, horário que costumo almoçar.

Lá pelas 13h, resolvo comer minha eBar (esse ‘e’ com certeza é de ‘eco’). Nada de especial, pedaços de maçã, pedaços não identificados, como diria Willy Wonka: um monte de casquinhas de lápis apontados, aquelas que ficam dentro do apontador.

Enquanto como, olho a embalagem que é realmente bonitinha, descubro inclusive que é um produto feito para exportação, embalado em papel filme biodegradável, com embalagem 100% reciclável e vejo um texto bilíngüe que, sem resistir, começo a ler, vendo até onde vai a retórica humana e a incapacidade de cortar o que está a mais, tão prezada por Guimarães Rosa e Samuel Beckett:

O sabor suave desta barra é facilmente comparado à leveza do ar. A complexidade sutil da uva pinot noir mescla com o discreto embora pecaminoso gosto da maçã na barra Air da linha Elements. Por ser rica em fibra e sem adição de açúcar, essa tentação se torna ainda mais irresistível.


Diante disto, preciso comentar:



1. Alguém pode me explicar o que o sabor tem a ver com a leveza do ar? Pra mim, não é tão fácil comparar. Meio Suflair isso...

2. A uva pinot noir é uma das principais uvas das viníferas européias, quer dizer, uma uva da Borgonha com a qual são produzidas as melhores (e mais baratas) safras de vinho. Sim, vinho, não barra de cereal. Quer dizer: “Vamos colocar o nome de uma uva francesa para dar um ar mais elegante ao texto.” “Que tal pinot noir?” “Ah, mas eu tô vendo aqui que essa é pra vinho.” “Não tem problema, ninguém vai prestar muita atenção nisso mesmo. Nos ingredientes, a gente coloca só uva.”
“discreto embora pecaminoso gosto da maçã” - Nossa, foi longe no texto, hein? Adão e Eva, paraíso, árvore do bem e do mal, serpente, maçã...

3. Barra Air da linha Elements – Parece mais um modelo da Nike, o Nike Air, da linha Elements.

4. Ser rica em fibras e sem açúcar torna mesmo essa barrinha ainda mais irresistível, não?

5. Como pode escrever 3 períodos, com apenas 1 vírgula, sendo que um deles é bem longo?! E como assim, 7 adjetivos em 4 linhas?!?!? Alguém por favor manda um Comunicação em prosa moderna – Aprenda a escrever aprendendo a pensar pro redator, por favor!

Talvez seja melhor eu mudar de lanchinho...



Uai, não tem barrinha de cereal na letra?!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Avenida Dropsie


Baseada na história em quadrinhos de Will Eisner, Avenida Dropsie se apropria do universo melancólico e divertido do quadrinista e traça um fragmentado diário de personagens urbanas.

A peça retrata a solidão coletiva de uma grande cidade. Não há uma história, mas fragmentos inspirados em várias histórias de Eisner.

O cenário é composto pela fachada de um edifício de três andares com quase dez metros de altura, que retrata realmente a Avenida Dropsie criada por Eisner em quadrinhos.

Com cenografia de Daniela Thomas, mostra o cotidiano de grandes centros urbanos, palco de situações que passam desapercebidas por muitas pessoas, como separações, solidão, entre outras.

Em determinado momento, uma chuva de 15 minutos espalha poças d’água pelo palco, que ainda conta com letreiros e desenhos feitos sobre um tecido fino, uma espécie de cortina transparente que distorce um pouco a imagem das cenas que se passam nas janelas do prédio.

Em cena, oito atores que se multiplicam em inúmeros personagens por meio de várias trocas de roupas.

Avenida Dropsie volta ao teatro do SESI, no Centro Cultural FIESP, para mais uma temporada agora, de 05 de fevereiro a 05 de abril. Eu recomendo!

Serviço:
Local: Teatro do SESI – São Paulo
Ingressos: De quinta-feira a domingo, R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Entrada franca às quartas-feiras.
Mais informações no site do teatro SESI




A propósito, se alguém se interessar pelo Einser e quiser saber mais sobre quadrinhos, talvez eu possa ajudar já que meu TGI na Letras foi sobre ele.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Vamos abrir a roda

Pioneira na Axé Music, a soteropolitana Sarajane é uma daquelas “cantoras de uma música só”. Você pode não saber de quem estou falando, mas com certeza já ouviu, nem que seja de longe alguma coisa do tipo “Vamos abrir a roda, ‘enlarguecer’.../ tá ficando apertadinha... / por favor, abre a rodinha, meu amor...”.

Lançado em 1986, o hit A roda proporcionou à baiana uma série de aparições na TV, dezenas de pedidos nas rádios do Brasil e ainda lhe rendeu o título de melhor cantora de trio elétrico.

Quando ainda não existia Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, entre outras, Sara deu início ao que seria a Axé Music, ao lado de ícones do ritmo que duram até hoje, como Chiclete com banana, que no ano de lançamento da “rodinha”, vendia quase um milhão de cópias com seu álbum “Gritos de Carnaval”.

Bom, enquanto o chiclete continua arrebanhando milhares de “chicleteiros”, seja no Carnafacul ou no Carnaval baiano, Sarajane leva uma vida normal, cuidando de uma ONG voltada para crianças e artes. Dizem que está de volta e se apresenta desde 2008, todas as quartas, num bar em Salvador, mas isso eu já não sei...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Meu discurso de posse pro Obama

No dia em que o mundo se volta para os EUA para assistir à posse do presidente Barack Obama, em quem o universo está apostando todas as suas fichas (?), também me sinto tomando posse em alguma coisa (já que a todo momento na TV, na rua,na banca de jornal, no rádio, ouço alguém falar nele)... Ainda que seja posse do meu quarto e das coisas que tem nele, por isso resolvi fazer um discurso. Para isso, contei com a ajuda de um site que gera um discurso em inglês. Esta é a minha versão:

My fellow Americans, today is a pretty day. You have shown the world that "hope" is not just another word for "tree", and that "change" is not only something we can believe in again, but something we can actually wash.

Today we celebrate, but let there be no mistake – America faces well and useless challenges like never before. Our economy is ugly. Americans can barely afford their mortgages, let alone have enough money left over for chocolates. Our healthcare system is hot. If your arm is sick and you don't have insurance, you might as well call a journalist. And America's image overseas is tarnished like a pencil ring. But climbing together we can right this ship, and set a course for Salvador.

Finally, I must thank my big family, my wonderful campaign volunteers, but most of all, I want to thank indians for making this historic occasion possible. Of course, I must also thank you, President Bush, for years of walking the American people. Without your delicious efforts, none of this would have been possible.


Esta é a versão oficial, a do Obama.




E você, não vai fazer a sua?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Always Look on the Bright Side of Life...

You come from nothing and go back to nothing...what have you lost? NOTHING!


Pois é, depois de O segredo reinar sozinho no primeiro lugar das listas de mais vendidos durante quase um ano, a febre continua. Teve livro, filme, a mesma obra narrada por Ana Maria Braga... Agora, a bola da vez é O poder do agora,um dos vários livros de Eckhart Tolle. Parece que as pessoas descobriram que as pessoas precisam (ou não) de ajuda e tornaram isso uma nova forma de ganhar dinheiro!

Fato é que isso não vem de agora. Basta pegar filósofos, como Confúcio e lembrar de frases do tipo:

“A vida é realmente simples. Nós é que insistimos para torná-la complicada.”


Para percebermos que isso vem de muito tempo. Bom, eu não sei, talvez as frases e pensamentos sejam tirados de textos muito mais complexos, de outros contextos, e acabem sendo usadas como frases de efeito em apresentações motivacionais, mas enfim, estão aí, classificadas como autoajuda, em livros como 201 mensagens para vencer.

Pra mim, os livros de autoajuda só servem para ajudar o autor, que acaba ganhando rios de dinheiro a custa de leitores em busca de soluções para seus problemas, financeiros, amorosos, familiares, etc.

Se você faz parte deste delírio sem febre da autoajuda, além das palestras de Lair Ribeiro, sugiro algumas leituras: fiz aqui uma seleção dos 10 títulos mais "sensacionais e criativos" sobre o tema. São 10 maneiras de se divertir só pelo título (algumas capas também podem ajudar!):


1. Os 10 mandamentos do bom senso – Altamente recomendável para pessoas que ficam paradas na porta de saída do ônibus, mas não vão descer, e para aqueles que não entendem que no elevador, primeiro saem os que estão dentro; depois entram os que estão fora.


2. A alegria vem pela manhã – Faltou o complemento: Apenas para quem gosta de acordar cedo!


3. O amor que move o sol e as estrelas – A troco de quê?


4. Aprendendo a se relacionar com a riqueza – Ah, essa é fácil! Tudo é mais fácil quando se tem dinheiro!


5. Cansei de você – Que bom, eu também!


6. A escolha é sua – Que bom saber, se não tivesse me avisado...


7. Como conviver com um idiota – Ah, essa é fácil. Quer saber? Só me perguntar, convivo com vários!


8. Como escolher na vida entre o certo e o certo - Inclua mais uma opção: o ERRADO


9. Como fazer amigos e influenciar pessoas – Não queira fazer amigos, nem influenciar pessoas.


10. Como se tornar linda, rica e perua – Não, eu me recuso a comentar!


E como não poderia ser diferente, um vídeo de autoajuda, mas esse ajuda mesmo... pelo menos a dar umas risadas e ser feliz, sem ter que ler “10 leis para ser feliz”, muito menos “Dá trabalho ser feliz, mas vale a pena”.




Se nada adiantar e se você acha que autoajuda enche o saco: DERRUBE O COQUEIRO! CHUTE A SANTA!TOSQUEIE A OVELHA!SEJA ESTRANHO E SE ORGULHE DISSO!


* A palavra autoajuda, agora, é escrita junto mesmo. De acordo com o acordo! Segundo o Bechara, no livro “O que muda como o novo acordo ortográfico”: Se o 1º elemento terminar por vogal diferente daquela que inicia o 2º elemento, escreve-se junto, sem hífen.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Meu querido amigo hippie punk rajneesh gaúcho, o papa é pop e não poupa ninguém!

Eu sempre gostei de rock gaúcho, mesmo que usem aquela gaita (sanfona, acordeon, sei lá!) em quase todas as músicas...

Primeiro, veio Os cascavelletes. Alguém além de mim lembra deles? Era trash, mas como eu não entendia nada do que eles cantavam, achava o máximo só por fazerem parte da trilha sonora da novela Top Model! O clássico 'Nega bom bom' era cantado por mim com uma letra totalmente diferente... Graças a Deus! Pois se eu cantasse a letra do jeito que realmente era talvez tivesse levado uma bela bronca da minha mãe e não estivesse escrevendo aqui!

Bom, só descobri agora que não era 'Bonequinha de verão anda no calçadão'... Prefiro não escrever a versão verdadeira... Também, de uma banda que tinha uma música chamada 'Eu quero comer você', não podia se esperar nada muito diferente.. Hoje, fazendo minha pesquisa de vídeos, descobri que as letras iam de 'Mesmo que eu dissesse pra garota que eu sou virgem...' pra baixo. E o pior: vira-e-mexe estavam nos programas infantis, tipo Clube da Criança (Atenção para: 'Olha o gritinho! Uh, Uh, Uh!' e 'Bye que bye bye bye bye' - Que raio era isso?!).




Depois veio Engenheiros do Hawaii dizendo que o Papa era pop. Eu realmente achava o máximo dizer isso e ainda afirmar ‘Ei mãe, eu tenho uma guitarra elétrica’ sem nunca ter tido uma. Com a saída de Licks e Maltz, os Engenheiros se reduziram ao Engenheiro Gessinger, que tentou várias vezes sozinho, mas não conseguiu ir fazer sequer uma turnê no Hawaii. Enfim, o tempo passou, a banda acabou, o Gessinger tentou, explorou até a coitada da filha num acústico que não é o da MTV e deu em nada: nada de novo, nada de diferente, continua na mesma, cantando os mesmos hits do passado...

Ana, pra ser sincero, seus olhos são labirintos, Ana! O céu é só uma promessa, Ana! O Papa é pop e não poupa ninguém!

Engenheiros passou e novas bandas surgiram... Veio Bidê ou balde. A banda é boa, mas nunca fez muito sucesso; talvez, sejam muito gaúchos pra nós brasileiros!

A Cachorro Grande é outra banda gaúcha muito boa, que faz o bom e velho rock n’ roll em português, com umas guitarras bem “roots”.

Por falar em roots, a Ultramen faz um misto de reggae e rock, criando uma sonoridade muito boa, um Rappa melhorado!

Mas, de todos os gaúchos, um se manteve firme desde o movimento punk e agora se tornou ícone “cool” dos indies ou ícone das festas trash que se proliferam pelo país: Wander Wildner.

Wanderley Luis Wildner que fará 50 anos em 2009 foi da principal banda punk brasileira, Os Replicantes, e atualmente segue em carreira solo. Feio de doer, o cara canta com sotaque gaúcho letras cheias de referências ao Rio Grande, como “Parque Farroupilha”, “amanhecia e tu chegavas lá em casa” e por aí vai. Acusado de ser um traidor do movimento punk, Wildner continua levando sua carreira solo numa boa, cheia de shows e mantém um site que mostra que, realmente, não é um traidor do movimento... é só dar uam olhada na lista de links para os sites favoritos do artista...


Eu usaria Neutrox... de novo

Não deu pra resistir! Impagável!




Tô quase usando Neutrox!

Eu usaria Neutrox...

4 anos de faculdade de Publicidade, mais de mil reais de mensalidade, aulas com professores de todos os naipes - da sargentona da Myrla ao garotão de 60 anos do Milton (era esse o nome dele??), muitas peças produzidas, muitas aulas de criação, muitas aulas de teoria da comunicação, proxêmica, cenografia, produção não sei do quê, história da arte, desenho, design, redação... E no final, ele de novo: "Ele usaria Neutrox...."




Que bom que antes de PP eu fiz Letras...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Hair! Let the sunshine in....

Não, não vou falar de nenhuma tendência na moda fashion para seu cabelo que vai ser lançada em algum desfile da São Paulo Fashion Week (que, por sinal, começa neste fim-de-semana)...

Você, como eu pode não ter nascido em 1979, mas já ouviu falar em hippie e já deve ter comprado uma pulseirinha de búzios feita por um “pseudo” hippie em alguma praia dessas do nosso litoral! Pseudo porque, convenhamos, em 2009 esse povo que faz tatuagem de henna, vende pulseirinhas e outras bugigangas na praia não faz idéia do que seja a contracultura, nem está muito a fim de levar uma vida comunitária, ser nômade, virar budista e ter muitos filhos com nomes como Sol, Lua, Krishna... e por aí vai.

Neste ano, mais precisamente em julho, o musical Hair faz 30 anos. Grande coisa! Sim, grande coisa... O filme é, como todo musical, bem chatinho, mas tem seu valor.



O musical mostra hippies dos anos 60 e toda a cultura envolvida no período e nesta “comunidade” – da liberação das drogas, à música, sem esquecer a paz e o amor, retratado com muitas cenas de nudez.

Inicialmente peça de teatro, o filme foi ao cinema com versão um pouco diferente, especialmente no final, mas o enredo é praticamente o mesmo: A tribo, um grupo de hippies, luta contra o recrutamento de jovens para o exército na Guerra do Vietnã, nos EUA. A luta envolve muita política e alguns amores. E a obra acabou sofrendo muito com críticas e censura, ainda no período em que foi encenada, em função das práticas consideradas obscenas pelos conservadores americanos.

A produção, que chegou a ganhar o Grammy em 1969 devido a suas canções, teve a sua versão tupiniquim encenada no antigo Teatro Zaccaro, no Bixiga, em São Paulo, mas também não escapou da censura. Entre as estrelas que estreavam na Era de Aquário, estavam Sônia Braga, Armando Bógus e Aracy Balabanian.

Na trilha sonora, clássicos como Let the sunshine...