Inominável. Não é tudo, mas parte. É como boa poesia: bem
escrita, mas sem rima. Boa companhia para conversar - sobre futebol, carnaval,
arte, livros, Big Brother; para passear - ainda que seja um passeio até o ponto
do ônibus errado; para rir; para ouvir Céu e Hurtmold; para aprender coisas -
como abrir arquivos em rar, enfim.... Mas (e sempre há um "mas), às vezes,
é a abelha estranha que sai da rosa quando menos se espera, pronto para espetar
seu ferrão na primeira vítima alérgica que encontra. Mesmo assim, é o veneno e
o antídoto. Doce e azedo. Sol e tempestade. Luz e sombra. O corte e a cicatriz.
Não é sim, nem não, é sempre talvez... A boboca e o moço, a enxerida paranoica
e o rudeboy, a malemolenga e aquele que n'est pas..., talvez Vladimir e
Estragon à espera de Godot. Talvez seja essa a história dessa amizade (que
poderia ser temporária, mas parece estar se tornando permanente). Mas quem ou o
que é o Godot que esperam? Não sei, mas permanecem sentados esperando. Em
poucas palavras: foi aquele a quem eu concedi o status de "amigo". Facilmente.
(14/03/2010)
(14/03/2010)
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