segunda-feira, 31 de maio de 2010

Meu nome é Gal!




Porque, como diria a filósofa e socialite Narcisa Tamborindeguy, "A vida, mesmo louca e absurda, é um eterno aprendizado"!

sábado, 29 de maio de 2010

I o que?!

Sei que a notícia é meio velha, mas foi o maior auê pro lançamento do iPad.

Eu nem entendi ainda a diferença do iPhone pro celular e já lançaram algo que promete revolucionar o mundo. Todo mundo agora quer um iPad.

Bom, mas pra que serve? Não sei, mas pra mim é um celular gigante, desses supermodernos - com touch, câmera, acesso a tudo... E que mais?

Eu não gostaria de ter um celular desse tamanho... Não cabe na bolsa, não cabe no bolso, não cabe em lugar nenhum.

Mas eu descobri, meio que sem querer, formas muito mais interessantes e úteis de usar o iPad.

A primeira é simples e não custa caro (desconsiderando-se o valor do iPad).



A segunda, útil e muito mais divertida!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Costume de gato

"Hábito muito inconveniente dos gatinhos (observara certa vez Alice) é o de, o que for que você diga, eles sempre ronronarem." "Se somente ronronassem quando quisessem dizer "sim" e miassem para dizer "não", ou de acordo com alguma regra desse tipo", dissera ela, "de modo que a gente pudesse bater um papo com ele! Mas como a gente pode falar com uma pessoa se ela sempre diz a mesma coisa?"

(Lewis Carroll, Cherry, 1971. p. 260)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Masculino ou feminino?

Depois das calças ultra-skinny do Zezé di Camargo, dos sapatos com saltinho do Luciano, do cabelo loiro do Belo, do Marcelo Camelo afirmar que usa unhas de porcelana na Trip e de David Beckham dizer que usa as calcinhas da mulher, eu pensei que já tinha visto tudo sobre metrossexuais (aqueles mocinhos que deixam seu lado feminino mais à mostra).

Mas eu me enganei completamente...

A moda agora entre os homens, que, por incrível que pareça, não se consideram metrossexuais é a maquiagem. Isso mesmo: rímel, corretivo, base, pó, lápis de olho, batom e por aí vai...

Segundo matéria da revista IstoÉ, a busca dos homens por estes produtos aumentou tanto que marcas famosas, como a Jean Paul Gaultier, já estão criando linhas exclusivas para este público.

Um dos personagens da matéria, um publicitário, chegou a criar um blog (www.makeyeah.com) dando dicas para os homens sobre o tema e afirma "O homem não deve pesar a mão, senão perde a masculinidade." Ah, peraí: pra mim, já perdeu não só a masculinidade, como principalmente o meu respeito.

Tudo bem que antigamente (muito antigamente), os homens usassem perucas e maquiagem pra disfarçar sei lá o quê, mas... os mal-diagramados (como diz Xico Sá) também têm seu encanto e, normalmente, são bem mais interessantes, não precisam de maquiagem.

Como vai ficar o mundo agora sem as marcas típicas do "macho de verdade"?! Marcas de expressão, espinhas, cicatrizes.... Pra que corrigir uma boca com um batonzinho "nude", ou melhorar os cílios com um rímel transparente, ou cobrir a cicatriz na testa que ganhou no primeiro tombo de skate aos 10 anos de idade com uma base ou pó compacto?

As mulheres, em sua maioria, não estão nem aí pra isso, desde que sejam limpinhos. Desfilar com pessoas sem nenhuma marca de expressão, sem nenhuma espinha, com pele de pêssego, normalmente é coisa de homem que gosta de desfilar com mulehr bonita pra imrpessionar. Sempre é possível achar um cotovelo, uma covinha, um joelho, alguma coisa que encante. Alguma coisa fora do lugar, umas cicatrizes, uns roxos no braço, ou mesmo um pouco de feiúra, não só reforçam a masculinidade, como têm seu charme.



* Ah, Pepeu, desculpe, mas ser um homem feminino fere seu lado masculino sim!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pra limpar banheiro ou pra tomar banho?

E aí que eu fui passear na Liberdade... Lojinhas de tranqueiras japonesas, comidas japonesas... e muito, muito brasileiro comprando.

De repente, eu tô lá olhando uns ferrinhos e tentando entender pra que serviam, já que a embalagem, como a de todos os outros produtos, só tinha instruções japonês, quando ouço do meu lado uma conversa entre uma senhora e um vendedor.

Munida de uma escova na mão, a senhora começa a esfregar a escova NAS COSTAS DO RAPAZ e diz:

- Ah, que bom isso pra esfregar as costas. Quanto custa?

- Senhora, isso é pra limpar privada...

sábado, 15 de maio de 2010

Por trás de um all-star surrado (quase) sempre existe um apaixonado

Definitivamente, apesar de batido, os brutos também amam... e muito!

Um dia disseram que o rock era música de louco, de drogado, de protesto, de qualquer coisa, menos de amor; mas disseram também (acho que no mesmo dia) que o sertanejo era a música romântica legítima, o que fez até o rei do romantismo, Fábio Jr., regravar suas canções em versões sertanejas. Junto com o sertanejo, romântico era algoo que chamavam de "as baladas românticas". Mas será mesmo?

Eu acho que não e acredito que por trás de muita camiseta surrada de bandas como Ramones, all star preto gasto e calça jeans rasgada, há um coração que bate, não tão delicadamente quanto o dos emos (óbvio!), mas bate forte.

No auge da febre sertaneja, o finado Leandro e seu irmão Leonardo entoavam versos como "Perguntaram pra mim se ainda gosto dela. Respondi, tenho ódio e morro de amor por ela". Bem romântico ter ódio, não? Mas o negócio não parava por aí: "Entre tapas e beijos, é ódio, é desejo, é sonho, é ternura...". Cadê a tal da lei Maria da Penha nessas horas?

E o último romântico, que casou milhões de vezes? Esse é o rei do mal gosto amoroso. Ouça com atenção músicas como "Alma gêmea", "Caça e caçador", "Senta aqui" (a putaria já começa pelo título!). Bastam alguns versos dessas pérolas pra entender do que ele está falando: "de repente, você põe a mão por dentro e arranca o mal pela raiz", "Senta aqui! Não fique assim tão tensa...". Sem falar na pouco famosa, mas não menos horrível, "Fêmea": "Fêmea, puro sêmen da paixão, coração tenho de sobra pra você..." (essa realmente vale a pena ouvir e ver o vídeo... hahahaha)

Isso, sem falar nas canções sofridas das bandinhas emo ou em versos clássicos do cancioneiro popular, como: "Eu queria ser uma abelha pra pousar na sua flor, haja amor..." (Luis Caldas, quem não se lembra?!). CADÊ O ROMANTISMO?!?!

Bom, tá no rock, caramba!

Quem me conhece sabe que eu gosto muito de Ramones. E quem conhece Ramones sabe onde está o romantismo no rock.

Nada escrachado ou avacalhado, como nossos românticos, Joey Ramone era capaz de cantar coisas tão melosas e amorosas ("fofinhas") que, muitas vezes, soam até infantis...

Indo muito além de cemitérios e do "Hey Ho Let's Go", eram capazes de cantar: “Hey little girl, I wanna be your boyfriend. Sweet little girl, I wanna be your boyfriend. Do you love me babe? What do you say?”ou ainda "I can't get you out of my mind, oh no no". E "I'll be so good to you. I'll never treat you cruel. As long as I've got you around."?! Ricky Martin?! Não, isso é Ramones!!!



Tudo bem que, de vez em quando, eles cantem sobre drogas, mortos-vivos, cadáveres, cemitérios, mas no fim das contas... é só love, só love (como diriam Claudinho e Buchecha!).

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Vira de costas pra dar a manchete na bola!"

Pergunte a uma criança em fase escolar qual é a matéria que ela mais gosta e você ouvirá rapidamente: "Educação Física!". Eu, mais uma vez contrariando as estatísticas, nunca gostei dessa matéria. Na verdade, eu odiava.

Aulas de Educação Física são realmente torturantes para qualquer pessoa que, como eu, não tenha um pingo de habilidade para os esportes "normais". Parece que todo mudo nasce para jogar vôlei, futebol, basquete, handball... e fazer ginástica olímpica.

Óbvio que das duas vezes que fiquei de recuperação na escola, uma foi em Educação Física, graças à digníssima professora Regina que insistia em me tornar uma Daiane dos Santos.

Tínhamos aulas duas vezes por semana numa quadra cheia de pensamentos positivos sobre o esporte, tipo "Mente sã e corpo são". Uma das aulas era repleta de jogos com bola e outra de exercícios de ginástica olímpica. Não importa: nas aulas, eu ia muito bem até o aquecimento; depois, era uma tortura!

Nos jogos, como todo loser, eu sempre era a última a ser escolhida e, muitas vezes, ficava na reserva, no rodízio, em qualquer lugar... Mas eu ficava brava? Claro que não! Eu prefiria ficar lá vendo as meninas se matarem pra pegar uma bola e ficar com o braço roxo a ser a menina que ficaria com o braço roxo. Cheguei a ouvir de uma professora (excelente pedagoga, com muita noção de psicologia) que seria melhor eu jogar de costas pra rede, já que com minhas manchetes as bolas sempre iam para trás.

Espírito esportivo? Ah, era comigo! Um dia, queimei a menina mais forte da escola, mas como eu era a "loser", ela disse que não foi queimada. Como a bola estava na minha mão na hora da discussão, não tive dúvida: taquei com toda a força no meio da cara da "bonita" e ainda soltei um: "Pronto, queimei. Agora, você tá queimada!" Jogo de handball: "Passa logo a bola, Potira." Eu tinha acabado de colocar a mão na bola. Resultado: bola de handball no estômago da companheira de time, tacada com uma força tão grande que eu acho que não era minha.*

Como se não bastasse isso, ainda era obrigada a dar uma de Danielle Hipólito em treinos e apresentações com música e tudo mais. A tal da Regina armava cavalos, travas de equilíbrio e éramos obrigadas a dar saltos, cambalhotas, estrelas em cima dessas coisas, sem nunca termos sequer andado na trave de equilíbrio. Sem falar, já no colegial, na "tradicional" dancinha de comemoração do dia do Mackenzista, mas isso rende outro post!

Mas o melhor mesmo era o fim do bimestre quando éramos submetidas a provas de corrida, flexão, salto e abdominais. Com uma tabela e uma prancheta em punho, a infeliz verificava qual era o número ideal de flexões e abdominais que deveríamos fazer, além da distância e velocidade em que deveríamos correr. Como eu sempre fui grande e magra, minhas metas eram sempre dignas de atletas do primeiro escalão, o que significava que eram impossíeis pra mim. Assim, foi graças a essas malditas provas que consegui tirar 4.8 e ficar de recuperação.

Graças a Deus, a recuperação era uma prova escrita sobre regras de basquete. Tirei 10.

Aí, eu me pergunto: não podia ter sido tudo assim por escrito pra quem não tem aptidão?! Não poderia ter esportes alternativos, como patins in-line, skate, capoeira, judô, etc?!

Por muito tempo, a educação física foi pra mim uma humilhação e me botava um rótulo de "loser" na testa. Mas, como eu era um pouco esperta e, enquando alguns só exercitavam os músculos, eu também exercitava o cérebro, percebi que eu até poderia ser uma "loser" nos fundamentos do vôlei, mas andava bem de skate e de patins, coisas em que mais da metade da sala não sabia nem mesmo se manter em pé. E ainda fazia algo que ninguém no colégio fazia: jogava capoeira, fazia estrelinha (aú, na capoeira) no chão bem feita, nada de trava de equilíbrio ao som de Enya!

A escola é realmente muito injusta, viu?! Todo mundo nivelado de acordo com um mesmo padrão e, pior, avaliado por provas como se fosse uma inspeção do Inmetro.

Por que a tal da Regina nunca me deu um skate na Educação Física pra eu mostrar o que realmente sabia e gostava de fazer?!



* Vantagem de ser quieta: você nunca apronta descaradamente, então quando apronta, todo muno diz: "Ah, não, a Potira não fez isso, ela é muito na dela, tranquila." Ah, tá bom...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Conversa da mesa ao lado

O moço: Alessa, Alessa, eu gosto!
A moça: Quê?!?!
O: Eu gosto de Alessa, do nome Alessa. É um bom nome pra bebê. Não é?
A: Nossa, mas faz só um mês que a gente tá namorando e você já está pensando no nome dos nossos filhos?!
O: Não, é que eu tô lendo um livro. Você disse que gostava de ler, de gente culta, gente que lê... Tô me esforçando...
A: Livro?! Mas o que isso tem a ver com nomes?!?!
O: É que eu tô lendo "1001 nomes de bebês".

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sem essa de beber leite no copo!

Pediatras recomendam que crianças usem chupetas e mamadeiras, em média, até os dois anos de idade.

Comigo, não foi diferente: logo cedo, abandonei a chupeta, mas a mamadeira... Bom, a mamadeira foi um "pouco" depois.

Como toda criança anêmica, eu não gostava de comer, e a única forma de me manter alimentada era tomando mamadeira.

Minha avó caprichava no preparo, o que fazia com que uma mamadeira valesse por... uma feijoada, talvez! Era leite, Nescau, Mucilon (proibido pelo pediatra), ovo de pata, Biotônico fontoura... tudo, menos açúcar, claro! Isso evoluía, em outros momentos, para coca-cola, chá...

A primeira tentativa de me fazerem parar de tomar mamadeira foi na base da chantagem: "a gente compra um copo legal - o que significava dizer um copo em formato de bonequinho, com chapéu, sapatinho e canudinho - e te dá um 'Meu Primeiro Gradiente' (meu sonho de presente na época). Foi em vão: usei o copo umas duas vezes e não ganhei o gravador!

Na terceira série, minha melhor amiga era a Juliana. Como morávamos perto e voltávamos de perua pra casa juntas, vez por outra dormíamos uma na casa da outra. Resultado: vovó preparava duas mamadeiras - uma pra ela e outra pra mim. Isso mesmo!

Minha primeira viagem para fora do Brasil foi aos nove anos. Destino: Disneyworld! Todos continuavam tentando me fazer parar com a mamadeira e, nos Estados Unidos, realmente, ninguém precisaria se preocupar com a minha alimentação, pois McDonald's era uma coisa que eu comia (pelo menos meio cheeseburger!). Mas não foi bem o que aconteceu. O sabor era muito diferente, e eu, que sou simplesmente um luxo, ia morrer de fome em terras americanas.

Porém não falávmos inglês, mas, graças a nossa guia Ivana, fomos ao K-Mart e lá minha mãe comprou algo que, segundo a tal da Ivana, era leite em pó. Chegando ao hotel, lá foi a Dona Mirian preparar o "leitinho"... Ops! Não era leite em pó, era massa de bolo. "Valeu Ivana, sem palavras! Depois me passa o telefone da sua escola de inglês."


Não lembro ao certo quando eu tomei a difícil decisão: "Não vou tomar mais mamadeira." Estava tudo certo, a partir de então, eu só tomaria no copo, que àquela altura já não precisava mais ser com canudinho, bonezinho...

Surgiu mais uma viagem: Monte Verde. E, mais uma vez, o desespero tomou conta. Agora, com um agravante: o leite era "direto da vaquinha" e a "vaquinha da Potira" não toma leite com nata, não toma leite quente....

Apelamos para o plano B, com a colaboração da vovó e escondido da mamãe: eu levaria a mamadeira dentro do travesseiro e vovó levaria leite e nescau dentro da mala dela. Como ficaríamos em quartos separados, de manhã, eu tomaria o leitinho no quarto da vovó, escondida da mamãe.

Infelizmente, nosso plano foi por água abaixo nos primeiros momentos da viagem, quando minha mãe, preocupada com a minha insistência em carregar o travesseiro, resolveu "vistoriá-lo"! Já era!

Essas idas e vindas nesse caso de amor com a mamadeira durou por muitos anos...

Até que, aos 13 anos, já estava decidido que eu não iria mais tomar mamadeira. Óbvio que na segunda viagem à Disney, feita com essa mesma idade, tia Léa tratou de providenciar uma mamadeira chiquérrima no Free Shop pra que eu não corresse risco de morte por inanição. E ela foi usada algumas vezes durante a viagem.

Hoje, não tomo mais mamadeira (é claro!), mas confesso que era muito bom poder tomar meu leite, sem precisar levantar da cama, aproveitando mais um pouquinho do edredon quentinho e da cama macia... Ai, que preguiça!