quarta-feira, 4 de abril de 2012

Rivotrill: remédio pra alma

Há algum tempo ando tomando doses cavalares de música instrumental. E tenho descoberto muita coisa boa sendo produzida no Brasil e fora daqui.

Há algum tempo, em 2009, na verdade, fui ao Centro Cultural Rio Verde (CCRV), na Vila Madalena, assisir a um pocket-show com Vitor Araujo e a Rivotrill, tocando parte do repertório do então novo show deles em formato acústico.

(Para quem não conhece o CCRV, vale a pena conhecer, seja em dia de show, ou apenas para dar uma volta pelo espaço que é bem bonito.)

Por ter chegado cedo, acompanhei todo o ensaio dos meninos do lado de fora e vi que, realmente, eles sabem o que estão fazendo.

O show completo aconteceu no Auditório do Ibirapuera, no final de semana seguinte, e, apesar de pouco público, teve na plateia - além de mim e de outros desconhecidos - o jornalista Boris Casoy (isso é só pra dar uma autoridade pro discurso – quer dizer, o show é bom, tão bom que até Boris Casoy esteve lá e comprou dois CDs e dois DVDs ao final... rs...).

Vitor Araújo é o menino-prodígio da música instrumental brasileira. Com apenas 11 anos de idade e um ano de estudos musicais, o recifense chamou a atenção por sua habilidade ao tocar piano, executando Invenção a duas vozes, número 2, de Bach, e sendo indicado para representar Pernambuco em um concurso em São Paulo. Na ocasião, conquistou menção honrosa em sua categoria.

A Rivotrill é uma banda instrumental, que como Araújo, vem de Pernambuco. O grupo, formado por Júnior Crato (flauta transversal, sax), Rafa Duarte (contrabaixo) e Lucas dos Prazeres (percussão), foi eleito como banda revelação no RecBeat em 2007 e, desde então, vem se apresentando com muita qualidade e muito bom humor.

A união desses jovens que parecem ser tímidos, todos na linha dos 20 e poucos anos, resultou num show que reuniu o contemporâneo, o erudito e o popular. O espetáculo, além de releituras de canções como Blue Rondo a La Turk, de Dave Brubeck, e Toc, de Tom Zé, trouxe canções – que mais parecem histórias, contos com começo, meio e fim – de autoria dos meninos, como Karaí, Chuva verde e Última sessão e contou com a participação do violonista Vinícius Sarmento, que no bis, no Ibirapuera, mostrou todo seu talento ao fazer um solo maravilhoso.

Fora isso, destaque para a embalagem do DVD – uma caixinha de madeira, aparentemente feita à mão pelo artista Fernando Duarte, responsável também pelo cenário do show.

Como disse Vitor no show: “É joinha e é de Recife!”

Então, ouve aí...

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Potira.

Sei que você não gosta de comentários que não acrescentam nada, como este, e pode inclusive não publicá-lo.

Só escrevo por que percebi que nunca vi você e leio seu blog há uns dois anos. Não sei de nada parecido que faço na internet.

Mesmo quando o meu tava desatualizado, quando tava com pregui.

Não sei. escrevo por que ando meio impressionado.

Poti disse...

Ando meio com preguiça e sem inspiração para atualizar meu blog, mas fico feliz em saber que você continua lendo meu blog mesmo desatualizado, mesmo sem saber quem eu sou....

E eu também leio seu blog há algum tempo, sem nunca ter te visto. Aliás, não lembro muito bem como cheguei ao seu blog... mas continuo lendo, ainda que você não atualize muito e ainda que eu não comente muito.

Valeu!